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Quem tem medo do voto?


Temer.TheresaSão democratas os que não têm medo do povo, nem receio de ser o voto o melhor caminho para entender o que o povo, verdadeiramente, quer. Enquanto no Brasil, um presidente rejeitado pela maioria absoluta do povo brasileiro tenta governar o país com a ajuda de ministros abominados, na Inglaterra, a banda toca uma música diferente.

David Cameron renunciou ao cargo de Primeiro-Ministro,  quando os ingleses decidiram deixar a União Européia e ele fez campanha pela tese contrária. Sem concorrente no partido que está no poder, Theresa May, Ministra do Interior, foi empossada como Primeira-Ministra. Prometeu não antecipar as eleições gerais previstas para 2020.

Contudo, Theresa May mudou de ideia e comunicou ao povo a decisão dela e do gabinete com um discurso que marca  uma posição firme de defesa convicta da vontade popular e da necessidade de ser reconhecida como uma liderança legítima para conduzir o processo de separação da União Europeia. E o ponto mais alto do pronunciamento foi ela não perder a oportunidade de afirmar aos ingleses que o governo dela e do partido têm tido sucessos.

Num mesmo discurso, Theresa May convocou eleições e apresentou, de pronto, a plataforma de campanha. Uma construção estratégica para o discurso. Eis o que disse Theresa May:

“Acabei de participar de uma reunião com o gabinete (ministros), onde concordamos que o governo deve convocar eleições gerais a serem realizadas no dia 8 de junho. Quero explicar as razões desta decisão, do que acontecerá a seguir e do resultado das escolhas adiante do povo britânico, quando votar.

Depois do país ter votado para sair da União Europeia, ele precisava de estabilidade e de uma liderança forte. E desde que me tornei primeira-ministra, o governo entregou precisamente isto. Apesar de previsões de perigo econômico e financeiro imediato, desde o referendo vimos a confiança do consumidor permanecer alta, um número recorde de empregos e crescimento econômico que excedeu todas as expectativas.

A Grã-Bretanha está deixando a União Européia, e não se deve mais voltar atrás. De olho no futuro, o governo tem o plano certo para negociar nossa nova relação com a Europa. Queremos uma parceria profunda e especial entre uma forte e bem sucedida União Européia e o Reino Unido, que é livre para traçar o seu próprio caminho no mundo. Isso significa que vamos readquirir o controle do nosso próprio dinheiro, das nossas próprias leis e das nossas próprias fronteiras e seremos livres para acertar acordos comerciais com velhos amigos e novos parceiros pelo mundo afora. Esta é a abordagem correta, e está dentro dos interesses nacionais.

Entretanto, os outros partidos políticos se opõem a isso. Neste momento de enorme significância nacional deveria existir unidade em Westminster , mas ao invés disso, existe divisão. O país está se integrando, mas Westminster não está. Semanas recentes os trabalhistas ameaçaram votar contra o acordo final, que alcançamos com a União Européia. Os liberais-democratas disseram, que querem pulverizar as funções do governo até a estagnação. O Partido Nacional Escocês diz que votará contra a legislação, que retira formalmente a participação britânica na União Européia. E membros não eleitos na Câmara dos Lordes  fizeram o voto para lutar contra nós no decorrer de todo o processo. Nossos opositores crêem que por ser a maioria do governo reduzida, nossa determinação está enfraquecida e que eles, por isso, nos forçarão a mudar de direção. Estão enganados! Subestimam nossa determinação. Por isso, precisamos de uma eleição geral e precisamos de uma agora”.

Como deve ser bom viver num país que ama a democracia e que os políticos não têm medo do voto.

Por Jackson Vasconcelos

 

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Só há pena de morte

Ciro Gomes opta pela dosimetria para punir caixa dois com penas mais brandas do que os atos de corrupção, apesar das duas situações terem servido ao financiamento de campanhas.

A dosimetria é um método de decisão da pena em caso de crime. Se dá quando o juiz considera, para sentenciar, as circunstâncias legais atenuantes ou agravantes e a personalidade do criminoso.

Diz Ciro Gomes: “Ambos são ilícitos, temos clareza absoluta. São ilícitos e descabidos. Ambos são puníveis, mas a gradação da pena, e portanto, da exasperação popular, não pode ser a mesma. Na medida que você generaliza, o que você está a produzir é a impunidade”.

A tese parece interessante, mas não é aplicável ao caso, porque para a imagem não existe dosimetria. Quando ela é atingida, a pena é de morte.

O próprio Ciro Gomes é exemplo a confirmar o que digo. Candidato a presidente da república em 2002, ele chegou ao topo das pesquisas, pule de dez para a vitória. Despencou, quando num ato de preconceito contra a mulher avisou que a Patrícia Pillar, na época, esposa dele, desempenhava o papel fundamental de dormir com ele.

A sentença não considerou atenuantes. A candidatura do Ciro morreu fulminada.

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Por Jackson Vasconcelos

 

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“Malandro é malandro, mané é mané”

Bezerra.Trump

A performance do Donald Trump está na música do Bezerra da Silva. Ele apareceu no cenário para disputar a vaga de candidato à Presidência dos Estados Unidos pelo Partido Republicano com malandragem. Do discurso à caricatura.  

Quando ele venceu as prévias, imaginei que o discurso dele fosse realinhado. Ele seguiu na mesma estrada e com mais força. Era o malandro em dose máxima. O resultado da eleição mostrou que ele estava certo.

Malandro é o cara
Que sabe das coisas
Malandro é aquele
Que sabe o que quer
Malandro é o cara
Que tá com dinheiro
E não se compara
Com um Zé Mané.

Donald, o malandro, tomou posse. Imaginei: agora a malandragem é deixar de ser malandro para assumir o perfil que o povo do mundo todo espera ver no Presidente do mais importante país democrata do mundo.  Mas, ele não mudou e o desempenho dele mostra que ele, na verdade, é um mané.

Mané é um homem
Desconsiderado
E da vida ele tem
Muito que aprender…

Como mané, num país que não gosta de manés, Donald Trump durará pouco. É aguardar e ver. O cara já perdeu pro Obama com menos de 100 dias de governo.

Por Jackson Vasconcelos

 

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Que raios de eleição é essa?

 

“César Maia cogita governo do estado…”. Esta notícia em forma de nota presente na coluna Informe do Dia, por obra do Paulo Cappelli e do líder do DEM na Assembleia Legislativa do Estado, deputado Milton Rangel, chega com 11 anos de atraso. César Maia poderia ter sido candidato ao governo em 2006. Não quis. Disse, “Não posso entregar a cidade do Rio ao inexperiente Otávio Leite”.

Como César Maia não quis ou não pode, Denise Frossard apresentou-se. Afinal, alguém deveria barrar o Sérgio Cabral Filho. Não conseguimos. O eleitor do estado está até hoje a pagar o preço da derrota da Denise Frossard.

Voltemos no tempo, para entender essa história.

Em 2004, o PSDB, num jogo de astúcia, relato para outra ocasião, conseguiu impor o candidato à vice-prefeito na chapa de reeleição do César Maia. Escalaram o deputado Otávio Leite.

Depois, entramos na campanha de 2006. A chapa imbatível seria Maia para o Governo do Estado e Denise Frossard para o Senado. Mas, como está dito, César recuou. A Denise, com uma baita disposição de luta, enfrentou o desafio.

César Maia, no meio do caminho, resolveu ajudá-la, mas nos fez construir uma aliança frágil, ruim, que cedeu a vaga de vice-governador ao político Eider Dantas e a de senador ao Alfredo Sirkis. Então, fomos para a luta sem alguém com peso político na Baixada, no interior ou pelo menos, na Região Metropolitana.

Assim mesmo, a imagem forte da Denise Frossard nos levou ao segundo turno. No primeiro, ela derrotou gente de peso: Marcelo Crivella, Wladimir Palmeira e Eduardo Paes. No segundo turno, Sérgio Cabral com a ajuda do Crivella, do Eduardo Paes e de todos os prefeitos do estado, exceto do Rio, montado numa dinheirama impossível de calcular, venceu. Francisco Dornelles, por um fio e erro de estratégia da campanha da Jandira Feghali, chegou ao Senado.

Denise desistiu. César Maia amargou derrotas dele e de aliados. Hoje está na Câmara Municipal e tem o filho, Rodrigo Maia, na cadeira de Presidente da Câmara dos Deputados. Sérgio Cabral ? Bem esse, vocês sabem onde encontrar.

Agora, aguardemos 2018, porque é cedo para fazer previsões.  A política tem o próprio relógio.

Por Jackson Vasconcelos

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A política não é uma ciência exata, como são a física, a matemática ou a química, que causam resultados idênticos sempre que repetidos os processos. Os fatos políticos não produzem os mesmos efeitos, mesmo que repetidos nas mesmas épocas e lugares

A política não é uma ciência exata, como são a física, a matemática ou a química, que causam resultados idênticos sempre que repetidos os processos. Os fatos políticos não produzem os mesmos efeitos, mesmo que repetidos nas mesmas épocas e lugares

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Quem disse que caixa 2 é crime?

Você acreditaria se eu provasse que o caixa 2 é crime porque os próprios criminosos assim decidiram? Se não, vamos lá à cadeia de raciocínio.

Todas as leis federais, entre elas as leis penais, foram criadas ou passaram pelo Congresso Nacional. Mas, tenham sido criadas ou só tenham passado por lá, todas elas foram aprovadas pelos deputados federais e senadores.

No conjunto, a Constituição Federal foi elaborada, aprovada e sancionada pelos deputados federais e senadores, no papel de constituintes. E ela diz:  “não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal”.

Está claro, portanto, que o caixa 2 é crime, porque há leis brasileiras que tipificam o caso como crime. Leis que os deputados e senadores criaram. Por que diabos, então, eles mesmos passaram a praticar o caixa 2 para financiarem as campanhas deles ? Burrice? Ingenuidade? Duvido. A política não é campo para burrice nem ingenuidade.

Então, por que os caras que aprovaram uma lei que diz que caixa 2 é crime, praticaram o caixa 2 nas campanhas e agora se assustam, quando a Justiça os chama de criminosos e a imprensa, por confortável covardia, diz que eles cometeram o suposto crime de caixa 2? Garantia de impunidade. Certo?

E, de certo modo, isso sempre funcionou. Por hipocrisia, cria-se leis que, por garantia de impunidade, os que as criam passam tranquilos pela vida sem o medo de não cumprí-las.

Agora, quebraram a cara. Quem sabe esse jeito estúpido de viver a política, adiante, não muda?

Por Jackson Vasconcelos

 

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O Abutre

NC_03214_rgbQuem trabalha com eleições e defesa da imagem dos políticos deveria assistir, “O Abutre”, filme de 2014, dirigido por Dan Gilroy, tendo Jake Gyllenhaal no papel principal.

O enredo é simples, chato, mas esclarecedor. Orientado por um experiente freelancer, que vende imagens de crimes e acidentes com vítimas para telejornais,   o desempregado Louis Bloom (Jake Gyllenhaal) decide seguir-lhe os passos, para ganhar dinheiro. O objetivo deles é alcançar um furo de reportagem.

Para vencer a corrida contra os concorrentes e aguçar o interesse de um canal de TV, a ponto de ganhar muito dinheiro, Louis Bloom resolveu criar,  ele mesmo, os furos de reportagem e um deles, o assassinato do próprio sócio, numa perseguição policial, que ele mesmo armou. Louis Bloom faz dinheiro suficiente para abrir uma empresa.

Qualquer semelhança com o que acontece na relação da imprensa com política não é mera coincidência. Todos os dias, jornais, telejornais e colunas nas mídias sociais criam fatos e os transformam em furos de reportagem para vender notícia. Saber lidar com isso é experiência fundamental para quem atua com a construção e defesa da imagem dos políticos.  

Por Jackson Vasconcelos

 

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Que raios de candidatos são Dória e Trump?

Dória, prefeito de São Paulo, para cada dia tem uma imagem impactante. Aparece vestido de gari, visita escolas e hospitais de surpresa. Samba no Sambódromo Paulista. E faz outras estripulias.

Em Washington, Donald Trump cria frases de efeito, assina decretos em frente às câmeras. Tudo em nome do marketing pessoal. Nada novo, para um mundo completamente novo e nisso está o problema da comunicação na política.

Os mandatos de Trump e Dória são de quatro anos, que podem ser renovados por mais quatro. Esse dado insere um fato importante nas campanhas de marketing pessoal. Para quanto tempo têm na manga, Dória e Trump, novidades para oferecer aos eleitores? Aguardemos. Filmes parecidos já vimos no início de quase todos os governos, que chegam eleitos contra os governos que lá estavam.

Quem está na política precisa de marketing pessoal, sem dúvida. Mas, deve fazer isso com muito cuidado para que a realidade não traia a imagem. Quando as aparições e a pirotecnia do início dos mandatos não são confirmadas pela consistência das medidas administrativas, o sucesso se faz desgraça.

Eu não esqueci o início do primeiro mandato da Dilma Rousseff. Ela na Ana Maria Braga. Ela no programa da Hebe Camargo. Ela a mãe do PAC. Ela, a mulher que demitiu ministros por simples suspeita de corrupção. Imagens fortes no início do primeiro mandato. Impeachment na abertura do segundo.

Também não esqueci as imagens do Governador Sérgio Cabral nas visitas aos hospitais públicos do Rio, na abertura do primeiro mandato. Hoje, está preso. E Garotinho? Abriu o primeiro e único mandato de governador visitando delegacias que caiam aos pedaços. Por onde anda o sujeito?

Por Jackson Vasconcelos

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Que raios de eleição será a próxima?

Apresentação1Comecei a me preparar para entender o quadro que poderemos ter em 2018, na campanha presidencial. Resolvi cumprir a norma inflexível de Dick Morris, que recomenda a quem queira fazer carreira na política a obrigação de “compreender que outros vieram antes, e que um estudo da história pode evitar muita dor de cabeça”. Fui ao passado e reencontrei nas minhas estantes a raridade “O Fenômeno Jânio Quadros”, obra de Viriato de Castro.

O livro é do tempo em que os políticos brasileiros caminhavam os primeiros passos para aquela que foi a  última eleição para Presidente da República, antes de os generais tomarem o poder.

Vejam o que escreveu Viriato na introdução:

“Jânio será, não temos mais dúvida, candidato à presidência, registrado por dois ou três pequenos partidos. Ninguém pode detê-lo, pois jamais foi possível opor um dique a um ciclone ou tentar desviar um furacão. Apenas a máquina partidária, com enormes e terríveis forças organizadas contra ele, poderá derrotá-lo. Contudo, quem já esqueceu que esse homem destruiu a poderosa máquina eleitoral de Adhemar de Barros, a mais azeitada e engraxada, que já tivemos no Estado de São Paulo? Quem poderá garantir que Jânio não repetirá, com êxito, os feitos anteriores, varrendo tudo o que se opuser à sua passagem?”.

De fato, Jânio venceu e o livro vale a pena ler sempre. É o relato de uma experiência altamente sucedida de marketing político, num tempo em que ninguém sabia exatamente o que era isso.

A bandeira do Jânio foi a da recuperação moral, política e administrativa de um Brasil atordoado com a velocidade do governo Juscelino que, por ter feito Brasília, foi acusado de permeável à corrupção. Jânio venceu com o símbolo de uma vassoura para varrer a “bandalheira”. Jânio renunciou em pouco tempo. Depois dele veio, por causa dele, a bandalheira política, o caos.

Adiante alguns anos, chegaram triunfantes os generais, para promover a recuperação moral, política e administrativa do Brasil.  Em seguida, o povo quis e teve, por quase nenhum tempo, Tancredo Neves. Levou José Sarney para o resto do tempo.

O primeiro presidente civil do Brasil, após os generais,  afundou o país no mesmo ambiente que, quase 30 anos antes, favoreceu a eleição do Jânio Quadros. Então, surgiu um novo Jânio no corpo do político Fernando Collor de Mello. Ele prometeu a recuperação moral, política e administrativa do Brasil. Entregou decepção.

Viemos em boa marcha até a reeleição da senhora Dilma Rousseff, que deixou o Brasil mergulhado no mesmo ambiente que em 1960, favoreceu a eleição de Jânio Quadros e em 1989, a de Fernando Collor de Mello.

Michel Temer, vice de Dilma Rousseff, tomou-lhe o lugar. Assumiu com a promessa de promover a recuperação moral, política e administrativa do Brasil. Certamente, não fará e a bandeira estará de volta na campanha de 2018, certamente, no discurso de todos os candidatos a presidente. Para saber quem será o eleito, basta observar de perto o jogo e identificar o candidato que tenha a imagem de autoridade moral para erguer a bandeira.

Se o eleito terá sucesso, saberemos quando conhecermos o peso que terá o marketing eleitoral na campanha. Caso seja dele o tom completo, podemos aguardar que na galeria dos eleitos pela imagem distorcida da realidade haverá mais um retrato.

Por Jackson Vasconcelos

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Lula continua vivo. Muito vivo!

Para quem acredita que nos tempos modernos o discurso perdeu força na política, aqui vai uma lição importante, sempre com a ressalva: antes das campanhas, qualquer prognóstico de resultado eleitoral é risco.

Lula sabe como fazer discursos que mexem com o coração do povo. Entre os prováveis candidatos a Presidente, nenhum outro candidato há com tamanha capacidade para produzir imagens e fatos que rendem votos.

Prestem atenção no resultado que Lula conseguiu com o discurso que fez no enterro da Dona Marisa. Vamos primeiro ao discurso, depois ao resultado.

Separei partes dele:

“Eu vou continuar agradecendo a Marisa, até o dia que eu não puder mais agradecer, o dia em que eu morrer. Espero encontrar com ela, com esse mesmo vestido que eu escolhi para colocar nela, vermelho, para mostrar que a gente não tinha medo de vermelho quando era vivo, e não tem medo de vermelho quando morre.

(…) Ela está com uma estrelinha do PT no seu vestido, e eu tenho orgulho dessa mulher. Muitas vezes essa molecada (os sindicalistas) dormia no chão da Praça da Matriz (de São Bernardo do Campo), e a Marisa e outras companheiras vendendo bandeira, vendendo camiseta para a gente construir um partido que a direita quer destruir.

Na verdade, Marisa morreu triste. Porque a canalhice que fizeram com ela, a imbecilidade e a maldade que fizeram com ela, eu vou dedicar (Lula não encerrou a frase). Eu tenho 71 anos, não sei quando Deus me levará, acho que vou viver muito, porque eu quero provar que os facínoras que levantaram leviandade com a Marisa tenham, um dia, a humildade de pedir desculpas a ela”.

Ontem, dia 16 de fevereiro, uma nova pesquisa de intenção de votos para Presidente da República, em 2018, mostra a força que teve o discurso do Lula somado à imagem da morte da esposa. A pesquisa foi patrocinada pela Confederação Nacional de Transporte:

Lula apresentou-se com 24,8% em outubro. Bateu 30,5% depois do episódio Marisa. Para o segundo turno, Lula perderia a eleição para Aécio com uma diferença de quatro pontos percentuais: Aécio, 37,1% e Lula, 33,8%. Depois do enterro da Dona Marisa, na pesquisa recente, Lula venceria Aécio com 12 pontos à frente. Lula com 39,7% e Aécio, 27,5%.

E como comentário final, a manchete do Valor Econômico sobre a pesquisa: “Pesquisa indica que é preciso olhar Bolsonaro”. Manchete forçada para não falar do fenômeno real: Lula venceria a eleição, mesmo depois de demolir o país.

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Por Jackson Vasconcelos