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Que raios de política é essa?

Artigo.TemerPolítica se faz com doses certas de emoção e racionalidade. O exagero no uso de qualquer dos ingredientes causa indigestão. A ausência dos dois, mata.

Michel Temer nada aprendeu com o impeachment da Dilma Rousseff. Nem com a vida. Ele assumiu o governo sem legitimidade. Por isso, a primeira medida inteligente dele deveria ser conquistá-la, mas fez o contrário. Nomeou ministros com biografias ilegítimas para o cargo. Na arrancada, perdeu Romero Jucá. Depois, Marcelo Calero, um sujeito capaz de gravar conversas confidenciais que teve com o presidente. Quase no mesmo momento, o folgado Geddel Vieira Lima. Perderá Moreira Franco, que pareceu mais esperto no início do processo, quando não aceitou a alcunha de Ministro.

Michel Temer abençoou Eduardo Cunha e aproveitou a brecha aberta no Supremo Tribunal Federal para lançar pra lá o Ministro da Justiça, com a sociedade cheia de dúvidas sobre a intenção do gesto.

Michel Temer jogou fora a oportunidade que a inépcia da Dilma Rousseff e a estupidez do Lula, que a escolheu, lhe deram a chance de ser presidente da república e registrar o nome de forma positiva na história do Brasil.

No governo Michel Temer faltam emoção e racionalidade. É um governo que causa náuseas e faz mal à saúde. Um governo que morre rápido a cada decisão do presidente.

Por Jackson Vasconcelos

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Não me engane, eu não gosto

 

Da França chega mais uma lição para quem deseje fazer política num mundo sem privacidade, sem paciência e onde a velocidade das comunicações estreita imagem e realidade numa velocidade incrível.

François Fillon é candidato à presidência da França, pelo partido Les Républicains. Ele começou a campanha com muita antecedência, em 2013. Em abril, chegou a ser o favorito, com a bandeira de eliminar meio milhão de empregos no setor público, para aliviar o peso do Estado nos ombros dos contribuintes. A mensagem era de alguém disposto a acabar com o apadrinhamento político como variável de custos no setor público. O Instituto Elabe apontou Fillon com 30% dos votos no primeiro turno.

Mas… descobriu-se que a esposa dele e os filhos vinham sendo favorecidos pelo fato que ele condena. Não deu outra. Fillon perdeu a condição de favorito, está sendo investigado por apadrinhar esposa e filhos e a candidatura entrou em espiral de baixa. Na segunda-feira passada, dia 30, o mesmo instituto de pesquisa ouvido antes, deu a Fillon 20% dos votos com possível derrota no primeiro turno. Os outros dois candidatos competitivos, Marine Le Pen e Macron apresentam, respectivamente, 27% e 23% de preferência dos eleitores.

Não há nada no mundo todo, um fato, que irrite e decepcione mais eleitores, do que a descoberta de imagens altamente positivas, que não condizem com uma realidade altamente negativa. E isso não é de hoje. Por aqui, já derrubou presidentes e governadores.

Por Jackson Vasconcelos

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É hora de fazer pesquisa

Político adora pesquisas… no tempo das campanhas. No intervalo entre elas, nem pensar. Acham caras, absurdamente caras. Normalmente, vaidosos, os políticos adoram as pesquisas que os favoreçam e vêem todo tipo de erro naquelas que mostram as suas desvantagens e fraquezas. Por isso, quem faz pesquisas para os políticos sabe o quanto eles estão determinados a influenciar os resultados delas.

Como as pesquisas têm uso só como alimentadoras das vaidades, elas, quase sempre, são descartadas na tomada das decisões dos políticos. Eles pedem as pesquisas, pressionam pelos resultados que lhes favorecem e quando os dados lhes são apresentados, normalmente, vangloriam-se e, em seguida, as descartam. Seguem adiante com as decisões que tomariam mesmo sem os dados obtidos.

Bons conselhos para quem queira ter sucesso na política:

  1. Realizem pesquisas, poucas, mas efetivas, no intervalo entre os tempos oficiais das campanhas. Nessas ocasiões os preços são vantajosos, porque o mercado está desaquecido. Não para saber a intenção de votos, mas para conhecer como os eleitores estão percebendo a política no momento.  
  2. Não mascarem o ambiente, para mascarar os resultados. Deixe que as pesquisas coletem os dados corretos, reais.
  3. Para elaborar as estratégias das campanhas, que acontecerão adiante, os resultados das pesquisas devem servir como instrumentos de decisão.  

Portanto, 2017, no mundo das eleições para as funções de Estado, é ano bom para realizar pesquisas. Elas são mais baratas e nortearão a elaboração da estratégia para o tempo mais quente e agitado, que é o tempo certo das campanhas oficiais.

Por Jackson Vasconcelos

 

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2018 é logo alí

Já está no horizonte a eleição de 2018, que será para deputados federais, estaduais, senadores, governadores e presidente da república.

A eleição do ano passado, para vereadores e prefeitos, deixou marcas que precisam ser consideradas no próximo pleito por quem será candidato ou traçará estratégias para as campanhas. Uma das marcas é o paradigma. Até 2016, as campanhas eram regadas à dinheiro fácil e pouco do que diziam os candidatos seria contestado com provas contundentes. Mas, está claro, que esse paradigma morreu e se não for enterrado terá mau cheiro no próximo ano.

Acabou a fase do dinheiro farto e é possível contestar com rapidez o que falam os candidatos e o que não falam, também. Ao lado disso, há as mentiras que sobre ele os adversários divulgam nas redes sociais.

Outro paradigma morto e que cheira mal é o voto obrigatório. Pouco importa que a legislação mude. O eleitor já decidiu não se curvar à obrigatoriedade do voto. Prova disso é o percentual elevado de abstenções.

A estratégia nas campanhas adiante será a do convencimento e, para convencer, é preciso comunicar, dialogar, debater. O discurso puro e simples de nada mais adianta. É preciso que ele contenha verdade e argumentos factíveis e compreensíveis. O discurso terá necessidade também de porta-vozes autorizados, que tenham boa imagem e empolgação. Ninguém substitui o candidato no papel de porta-voz.

Quem não está numa ponta nem na outra, precisará de criatividade e expertise no uso das ferramentas das mídias sociais para chegar ao eleitor e conquistar-lhe o voto. E, precisa começar já, para que o tempo jogue a seu favor.

A decrepitude do voto obrigatório, comprovada pelos percentuais elevados de votos em branco, nulos e abstenções, faz outra exigência aos candidatos: a absoluta necessidade de motivar o eleitor.

Por Jackson Vasconcelos

 

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Imagem e conteúdo

Branco

John Fitzgerald Kennedy, Barack Obama e o nosso Juscelino Kubitschek são conteúdos diferentes  com a mesma embalagem: simpatia, charme, oratória de líder cativante e esposas encantadoras.

A política é mais imagem que conteúdo e, bons de imagem, os três presidentes atravessam a história com elevados índices de popularidade. Isso agrada ao povo, mas, muitas vezes, incomoda aos inquilinos no poder. Kennedy foi interrompido por uma bala disparada em Dallas. Juscelino pela ditadura. Mas, até aqui tudo caminha bem com o Barack Obama. Já se vê que ele tem mais sorte que os outros dois presidentes.

Resta saber que efeitos terá sobre a imagem de Barack Obama, o governo mal-humorado, desengonçado e radical, do Donald Trump.

Por Jackson Vasconcelos

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Quem sabe?

Brizola retornou do exílio e venceu a primeira eleição direta para governador do estado, no Rio de Janeiro, em 1982. Os eleitores, na verdade, deram o troco na ditadura.

Brizola governou basicamente a cidade do Rio de Janeiro voltado para as favelas e com uma marca criada na educação pelo Vice-Governador Darcy Ribeiro: a presença dos alunos pobres nas escolas o dia todo. Brizola criou a educação de tempo integral e os Centros Integrados de Educação Pública, CIEP’s, que volta aqui e ali, sem muito brilho, na retórica das campanhas eleitorais. Collor fez graça nesse campo, como graça também fizeram Eduardo Paes e Pedro Paulo com as tais “Escolas do Amanhã”.

As classes média e rica do Rio de Janeiro, sempre representadas na comunicação, pelo Sistema Globo de jornal, rádio e TV, não gostaram nada da novidade criada pelo Brizola.    De 1982 a 1985, os prefeitos das capitais eram nomeados pelos governadores. O prefeito nomeado por Brizola no dia da posse no governo do estado, 15 de março de 1983, renunciou em dezembro. Brizola, então, escolheu Marcello Alencar.

Na primeira eleição direta para Prefeito do Rio, as classes média e rica enfrentaram, divididas, o candidato do Brizola, Saturnino Braga e o tal compromisso deles com as favelas. Foram 17 contra 1. Brizola e a tese dele de defesa dos pobres venceu. Saturnino não foi feliz e pouco tempo depois, passou o vexame de declarar a falência do município.

Entramos em 1986. Por compreender que divididas elas seriam eternamente derrotadas pelo Brizola, que tinha um eleitorado consolidado na faixa de 33 a 35%, as forças políticas que o rejeitavam, uniram-se, num arco de alianças que ninguém acreditava possível. A rejeição das classes média e alta ao Brizola foi o estímulo da união. Brizola não pôde, ele mesmo concorrer, porque a legislação não permitia. Então, apresentou-se com a candidatura do seu vice-governador, Darcy Ribeiro, que bateu 35% votos. Moreira Franco venceu com 49%.

Mesmo assim, em 1988, o candidato do Brizola, Marcello Alencar, venceu a eleição para a Prefeitura do Rio, com 32% dos votos, porque as classes média e alta novamente se dividiram: 14 contra 1. O PT, com Jorge Bittar, tinha fortes laços com a classe média e alta e passava longe das propostas socializantes de Brizola.

Moreira Franco fez um governo avesso ao do Brizola. Abandonou o programa de ensino integral e CIEP’s, substituindo-os pela construção do presídio de segurança máxima em Bangu, semente do que é hoje o Complexo Penitenciário. Lá está Sérgio Cabral Filho, governador que, quando eleito, foi cantado em prosa e verso pela nata da comunicação carioca como sendo a libertação definitiva do Rio das amarras da ideologia do Brizola, representada naquele momento, pelo casal Garotinho.

No governo, Moreira Franco conseguiu decepcionar os seus e os contra, porque fez do governo do estado um êxtase, um culto à esquizofrenia. Era um político jovem, que incorporava, cada vez com mais intensidade e nas horas de despacho, o espírito de Vargas.

A decepção da sociedade carioca com o Moreira dissolveu a aliança que o elegeu e, em 1988, Brizola, fora do governo do estado, venceu, novamente, a disputa pela Prefeitura do Rio, elegendo Marcello Alencar, com 31% dos votos. 14 candidatos contra 1.

Na eleição seguinte para o governo do estado, eleição já com dois turnos, Brizola venceu no primeiro e ultrapassou, de longe, a marca histórica dos 33 e 35% dos votos. Elegeu-se governador com 61%.

A popularidade gigantesca do Brizola rachou o grupo dele. Ele que tinha uma escala hierárquica claramente definida, entendeu que a eleição para o governo do estado em 1990, deveria ser disputada pelo Anthony Garotinho. Marcello Alencar não aceitou a disciplina, saiu do partido, levou as ideias do Brizola com ele e tornou-se governador do estado, por um partido onde nunca se sentiu confortável, o PSDB.

O mesmo ocorreu na disputa pela Prefeitura do Rio em 1992. Brizola entendeu que seria a vez da Cidinha Campos. César Maia se insurgiu e, carregando as ideias do Brizola, mais tarde incorporadas no programa Favela-Bairro, foi eleito Prefeito do Rio, pelo PMDB. Vejo o César como a encarnação moderna do Brizola. César Maia me passa a ideia de um homem em exílio permanente, a perambular pelo mundo da elite carioca.

Portanto, no Rio de Janeiro, capital e estado, Brizola atravessou os tempos, mesmo depois de morto. Dele saíram, no governo do estado, Marcello Alencar, Garotinho e Rosinha. Na capital, também Marcello Alencar, César Maia, Conde e Eduardo Paes. Vê-se, com facilidade que a capital foi mais feliz. Eu atribuo a felicidade às qualidades pessoais do César. Coisa minha.

Ano passado, o Rio elegeu Marcelo Crivella, que nenhum laço tem com o Brizola, mas tem semelhanças. Sobre ele está a rejeição das classes que sempre rejeitaram o Brizola, vocalizada também pelo sistema de comunicação Globo.

Dizem que a rejeição ao Crivella tem algo com a fé que ele professa. Pode ser. Ele mesmo acredita nisso, me parece. E a vitória de agora, ocasião em que ele buscou a diversidade religiosa como planta de campanha, deve ter reforçado nele a convicção. Pouco importa. Importa-me mais outra semelhança dele com o Brizola: a opção pelos pobres e desconforto das elites com ele, que no governo do estado ainda estão representadas pela presença, em espírito, do Sérgio Cabral Filho, embora não queiram admitir.

A opção pelos pobres poderia fazer renascer, no município, o plano de Darcy Ribeiro para a educação. Alunos todo o tempo nas escolas, com múltiplas atividades, alimentação, atendimento médico, odontológico e psicológico, tendo-se também o cuidado com as famílias.

Por Jackson Vasconcelos

 

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Complicada relação com a imprensa

Trabalho com as estratégias que cuidam das imagens dos meus clientes políticos e vejo na relação deles com a imprensa um obstáculo enorme a ultrapassar: o preconceito.

Para se ter ideia de como é difícil e complicada a relação do político com a imprensa, sugiro o editorial da Folha de São Paulo, “Haddad de saída”, que reproduzo após os meus curtíssimos comentários.

O autor se contorce no texto, quando faz constrangidos elogios às boas realizações do prefeito, para, com mais conforto e exalando satisfação, trabalhar a conjunção adversativa, “mas”.

Quem ler o texto sem as amarras dos preconceitos do autor verá que não foi pouco ou sequer só suficiente, o que fez Fernando Haddad para devolver “certa humanidade a uma metrópole que vinha se tornando cada vez mais hostil aos cidadãos”. Quem conhece as agruras e dimensões dos problemas urbanos de São Paulo, sabe que não deve ser sido tarefa descomplicada cumprir o papel. Rasgar a cidade com 400 km de ciclovias e abrir 100 mil vagas novas nas creches da prefeitura é trabalho de fôlego.

Deixo com vocês, leitoras e leitores, as conclusões.

Folha de São Paulo:

Fernando Haddad (PT) encerra seu mandato na Prefeitura de São Paulo tendo como marcas mais visíveis as diversas intervenções no campo da mobilidade urbana.

Os 400 km de ciclovias, os 423 km de faixas de ônibus e a redução da velocidade máxima em cerca de 220 vias são iniciativas que já parecem devidamente incorporadas ao cotidiano da capital.

Integram, por assim dizer, uma agenda civilizacional que Haddad encampou, a despeito da resistência de parcelas razoáveis da população. Em conjunto, as medidas priorizam o transporte coletivo e devolvem certa humanidade a uma metrópole que vinha se tornando cada vez mais hostil aos cidadãos.

A essa preocupação com a retomada dos espaços públicos se opõe, quase em contradição, o desmazelo com a zeladoria. Não surpreende que entre as principais reclamações recebidas pela ouvidoria estejam os serviços de jardinagem, tapa-buracos e limpeza.

Com menos visibilidade e maior relevância em termos administrativos, o papel na renegociação da dívida paulistana com a União e a implantação bem-sucedida da controladoria municipal são duas realizações que Haddad, com razão, faz questão de destacar.

No primeiro caso, o saldo devedor da cidade caiu de R$ 76 bilhões para menos de R$ 30 bilhões. No segundo, o órgão de combate à corrupção ajudou a recuperar mais de R$ 600 milhões desviados.

Apesar desses importantes legados, Haddad ficou longe de cumprir seu plano de metas. Com base nos critérios da prefeitura, concluiu 54,5% das 123 propostas.

Dos 20 CEUs prometidos, por exemplo, somente 1 foi entregue (14 estão em construção); das 43 novas unidades básicas de saúde (UBS), a população recebeu 12 e aguarda o fim das obras em outras 15; abriram-se 100 mil vagas de educação infantil, não 150 mil; ergueram-se 45 creches (e 53 estão em andamento), não 243.

Mesmo na mobilidade alguns objetivos ficaram pelo caminho: construíram-se 42 km de corredores de ônibus, e não 150 km -um deficit que não pode ser suprido pelo superavit de faixas, pois estas constituem antes um paliativo de baixo custo do que uma solução.

Reconheça-se que Haddad enfrentou conjuntura especialmente adversa. Os protestos de junho de 2013 custaram popularidade ao prefeito e receitas à prefeitura, que precisou bancar o congelamento das tarifas de ônibus. Mais decisiva, a crise econômica gestada pelo governo Dilma Rousseff (PT) impediu a execução de repasses federais.

Além disso, o descalabro ético do PT contaminou a candidatura de Haddad, circunstância que ajuda a explicar seu fiasco eleitoral -obteve apenas 16,7% dos votos.

São algumas explicações, sem dúvida, mas elas se debilitam diante das necessidades da maior metrópole brasileira. Em termos de eficiência do serviço público e de atenção à periferia, a população decerto esperava muito mais.

Passados quatro anos, Fernando Haddad não deixa de ser considerado um político sério; nestes tempos de Lava Jato, não é pouco para um homem público, mas não bastou para São Paulo.

Por Jackson Vasconcelos

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Macri, Bombonera ou Casa Rosada?

macriabel

No futebol não tem conversa. A torcida decide quem é o técnico e faz isso embalado pela emoção pura, sem racionalidade. O cara pode acertar tudo, como fez Abel nos meses finais de 2012, quando carregou o Fluminense no colo até à Taça de Campeão Brasileiro, mas será mandado embora na esquina mais próxima, se errar um tiquinho que seja, como aconteceu com o mesmo Abel, logo adiante no meses iniciais de 2013, no Campeonato Estadual.

Macri é presidente da Argentina, eleito depois dos governos do sombrio casal Kirchner. Antes, de ser presidente do país, Macri foi Presidente do Boca Juniors, um time de futebol argentino reconhecido entre os melhores do mundo. Certamente, o Macri, presidente do Boca Juniors, fazia o que fazem outros muitos presidentes de clubes de futebol na relação deles com os técnicos. Nem 100 vitórias consecutivas ou mesmo a conquista do melhor campeonato nacional tiram o técnico da linha de tiro, quando três ou quatro derrotas consecutivas sacrificam a torcida.

Ontem, Macri, presidente da Argentina, demitiu o Ministro da Fazenda e Finanças, Afonso Pat-Gay, que, apesar das vitórias importantes dele na Economia Argentina, destroçada pelo casal Kirchner, não conseguiu ainda – mas, conseguiria logo, – derrubar a inflação.

Por Jackson Vasconcelos

 

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Irresponsabilidade como contrapartida

A Lei de Responsabilidade Fiscal foi a contrapartida do governo FHC para renegociar as dívidas dos estados com a União. Mas, a Câmara dos Deputados, ontem, 16 anos depois, autorizou nova renegociação com contrapartida oposta: a garantia aos governadores de impunidade para os atos de irresponsabilidade fiscal.

Mas, fica a pergunta que nunca me responderam: pra que diabos servem os governos estaduais? As prefeituras tocam a saúde, a educação, o cuidado com o meio-ambiente, a conservação, o trânsito e poderiam muito bem cuidar da segurança pública e aplicar com custos bem menores, os programas e projetos do governo federal. Não seria, no momento, uma excelente contrapartida, não para a União, mas para os contribuintes, a extinção dos governos estaduais?

Imaginem que economia não teríamos nós, contribuintes, com a extinção dos cargos de governadores, vice-governadores, secretários estaduais, deputados estaduais e uma enorme parafernália de servidores públicos caros e ineficientes. Dinheiro que as prefeituras gastariam para atender melhor a população.

O Brasil precisa de uma reavaliação do pacto federativo.  

Por Jackson Vasconcelos