A diferença entre os que não sabem estratégia e os que não sabem que não sabem é a causa de existirem feiticeiros sugerindo soluções fáceis para problemas que nunca resolvem
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A toga assume o papel do voto. É um bom caminho?
O que mais ouço hoje é: “nunca vi coisa igual à crise que estamos vivendo”. As crises são incomparáveis, por muitos motivos, mas a verdade por trás da frase é o reconhecimento de que o Brasil viveu muitas outras. Quase todas resolvidas pela política, modo de resolver pacificamente os conflitos sociais. A violência é a ausência da política.
A crise do Brasil Colônia com Portugal resolveu-se com o Grito da Independência, depois de ser ele intensamente negociado com as lideranças. Para abolir a escravatura sem conflitos e violência, o Imperador viajou e deixou com a filha o veredito. Assinou-se a Lei Áurea.
A crise do Império foi resolvida com a Proclamação da República, num processo negociado. Vivemos Getúlio ditador, depois de uma eleição anulada. Getúlio no exílio, Getúlio eleito e Getúlio suicidado.
Cada passo desse processo criou uma crise, que a política resolveu sem maiores violências. Depois tivemos a posse do presidente Juscelino, a renúncia do Jânio, um parlamentarismo de ocasião e a Revolução de 1964, que exterminou a política. Mas, ela voltou, para ajustar o processo.
Antes do voto direto para presidente, a política distensionou o ambiente, com a eleição dos prefeitos das capitais, dos governadores e de uma eleição ainda indireta por um Colégio Eleitoral, legal, mas ilegítimo.
Depois a morte do Tancredo, resolvida pela política com a posse do Vice, quando ele não poderia, na forma literal da Constituição, assumir. Veio a Constituinte, o impeachment, negociado no Congresso, a posse do Vice e a normalidade até batermos, agora, de cara com a crise criada pela campanha de 2014.
Mas, a nova crise nos encontrou sem lideranças políticas. Então, o Judiciário assumiu o protagonismo e o povo está, em agonia, nas ruas, espoliado, vilipendiado, embrutecido. Não há lideranças na política com autoridade moral e capacidade para distensionar o ambiente e resolver o problema.
Estamos, então, diante de uma situação complicada, que poderia levar a tensão social para um quadro de violência. Não é possível saber ainda como tudo isso acabará. Tomara que a política renasça, ainda que seja pela transformação dos juízes em líderes políticos.
Por Jackson Vasconcelos
Há situações numa campanha que provocam o caos por falta da estratégia correta. Consertá-las pode ser uma atitude de domesticar o caos no lugar de destruí-lo
Há situações numa campanha que provocam o caos por falta da estratégia correta. Consertá-las pode ser uma atitude de domesticar o caos no lugar de destruí-lo
Ilusão de ótica é crime!
A ilusão de ótica é, no marketing, ato criativo e inteligente, mas quando aplicada à política, deveria ser crime. Então, o mestre dos magos, Duda Mendonça, seria companheiro de cela do engenheiro do mal, João Santana.
Em 2009, Lula estava no auge da boa fama, quando o Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama anunciou ao mundo: “Esse é o cara…Eu adoro esse cara…Ele é o político mais popular da Terra…Isso é porque ele é boa pinta”.
Naquela época, o Juiz Sérgio Moro estava com 37 anos de idade. Ele faz todo o jeitão de ter sido eleitor do “cara”. Ou, pelo menos, admirador. A turma jovem da Polícia Federal e do Ministério Público, também, porque a rapaziada cheia de ideologia e sonhos era PT e lutava com todo gás, contra a política suja e sórdida “das elites” representadas pelo PSDB.
A frustração ainda dolorida e saudosa pode estar no cuidado do Juiz Sérgio Moro com a imagem do “cara” no mandado de condução coercitiva, que assinou outro dia, atitude incomum nesta terra em que a Justiça não tem apreço pela dignidade dos presos, agora, ainda bem, de qualquer calibre.
Há, então, um dado a considerar em toda essa questão que envolve o “político mais popular da Terra e o partido dele”: a decepção gerada pelo derretimento de uma imagem, que o marketing construiu para ser uma ilusão de ótica, aquela que engana os olhos e os sentidos e pode embaralhar os neurônios. É o que aconteceu com o Presidente Barack Obama,com o Juiz Sérgio Moro e, certamente, como muita gente boa mundo afora.
Por Jackson Vasconcelos
O maior dom que Deus pode conferir a um estadista é dar-lhe couro de elefante
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A internet ampliou a possibilidade de qualquer um formar opinião. Num ambiente assim, a imagem do político (reputação) não basta parecer boa. Ela precisa, de fato, ser
A internet ampliou a possibilidade de qualquer um formar opinião. Num ambiente assim, a imagem do político (reputação) não basta parecer boa. Ela precisa, de fato, ser
Se você acha que aquilo que vê é o que as coisas são, pode estar enganado. Basta mudar de posição em relação à coisa observada. Aí então ela se apresentará de outra maneira. Você enxergará outra coisa.
Se você acha que aquilo que vê é o que as coisas são, pode estar enganado. Basta mudar de posição em relação à coisa observada. Aí então ela se apresentará de outra maneira. Você enxergará outra coisa.
Hoje não é suficiente o político ter uma boa história pra contar. Ele precisa fazer parte dela
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A melhor maneira de agravar um problema é negar pra si mesmo que ele existe
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A melhor campanha do mundo, se não entregar o que prometeu, desvalorizará o mais rico ativo de um candidato, a imagem
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