Com método, atravessamos o mundo; sem método, não atravessamos sequer a rua.
Autor: Raphael Lima
Dia da Mulher: Maria Lenk, flip turn e relay
Hoje, Dia Internacional da Mulher, escolhemos Maria Lenk para prestar as nossas homenagens, que estendemos a todas as mulheres do mundo.
Por Livia Andrade
Maria Lenk é uma dessas raras pessoas que passaram pela Terra para servir de exemplo para milhares. Falecida há oito anos, ela completaria 100 em janeiro deste ano. Se no Brasil viver do esporte é um enorme desafio, o fato de ser mulher e estar no pódio mostra o grau de dificuldades que ela encontrou pelo caminho.
A falta de espaço na imprensa, o pouco investimento por parte do governo, o preconceito e o seu próprio corpo, são obstáculos enfrentados por mulheres dedicadas a variadas modalidades esportivas. Se o cenário nacional atualmente aponta para tantas contrariedades, remar contra a maré há 80 anos seria mais fácil ao pé da letra do que por interpretação do sentido figurado da expressão.
Primeira mulher sul-americana a disputar as Olimpíadas, nos Jogos de Los Angeles, em 1932, Maria Lenk, aos 17 anos, embarcou para os Estados Unidos ao lado de 81 homens e causou grande polêmica na época. Seu auge seria nos Jogos de 1940, mas seu sonho de conquistar a medalha olímpica foi interrompido pelo cancelamento da competição devido à 2ª Guerra Mundial.
Ela, na década de 50, chegou a ser excomungada pelo bispo da cidade paulista de Amparo, por dar aulas de natação com traje de banho, julgado inadequado para mulheres. Nos anos 60 lutou pela igualdade de direitos em todas as modalidades esportivas, mas o resultado da sua luta só aconteceu em 1975.
Ao longo da vida foi detentora dos recordes mundiais dos 200m e 400m peito, “introduziu” o nado borboleta nos Jogos Olímpicos em 1936, foi fundamental para a realização das primeiras competições femininas de natação do Brasil e seguiu derrubando barreiras até falecer aos 92 anos, após se exercitar na piscina do Flamengo.
Meu apego à história de vida de Maria Lenk é natural. Vivi a experiência de ser atleta de natação e senti na pele a falta de apoio à prática, as mudanças no corpo que te fazem retroceder nos treinamentos e o descaso das pessoas. É claro que a realidade atual é bem distante da década de 30, mas não é o bastante. Vale destacar que apenas cinco das 20 medalhas de ouro do Brasil em Olimpíadas foram conquistadas por mulheres.
A presença feminina na área técnica dos esportes ainda é tímida. Mesmo não levando em consideração o futebol, observem as comissões técnicas de alguns dos esportes mais populares do Brasil como vôlei, basquete, lutas, entre outros. Na imprensa esportiva também é fácil observar a ausência das mulheres, reparem que em geral até vemos algumas boas e belas apresentadoras em programas de televisão, mas pouco ouvimos suas opiniões.
As mulheres são reprimidas à prática esportiva desde o berço, para boa parte das famílias “é coisa de menino”. Com o passar dos anos a aceitação aumenta, mesmo que em passos curtos, e o interesse de mais e mais mulheres cresce simultaneamente. Mas o salto precisa ser maior e, visto que, a capacidade de sucesso de uma mulher independente da sua área de atuação é inquestionável, somente nós podemos virar o jogo e fazer com que a imagem da sensibilidade se transforme em superação.
Portanto, se há motivos para comemorar o Dia Internacional da Mulher, existem outras tantas razões a provar que faltam braçadas para a sociedade brasileira alcançar a vitória e subir no pódio dos direitos rigorosamente iguais para mulheres e homens, principalmente, no esporte. Maria Lenk cumpriu a sua parte, com viradas olímpicas (flip turn), mas a disputa é no revezamento (relay). Depois dela e de cada mulher que cumprir bem o seu papel, outra precisará vir para manter e conquistar novas vitórias.
Análise: Entrevista de Vaccarezza para a CBN
“Áudio da PF tem requintes de perversidade”, da CBN. No mar de exemplos que há por aí das consequências da ausência na vida de um político, de profissionais que saibam como lidar com crises de imagens e orientar a relação com a imprensa.
Cândido Vaccarezza veio bem na sua carreira política até a eleição passada. Perdeu, mesmo tendo sido durante o seu mandato, um político com forte exposição na mídia por ter exercido o papel de líder do governo na Câmara dos Deputados.
Vaccarezza é o personagem de hoje e o cenário é a CBN. Ele foi entrevistado pelo Milton Jung. A gente analisa:
A decisão de dar a entrevista já foi um erro, porque, por mais que fizesse, o ex-deputado Cândido Vaccarezza não conseguiria mudar o rumo da prosa. Isso ficou claro. Depois, ele abre a conversa com um ato de bajulação: “Milton, quero dizer que te respeito como jornalista, por isso aceitei conversar com você”. Isso é péssimo, porque dá ao entrevistador a percepção de fragilidade e ideia de culpa.
Em seguida ele se enrola com as palavras. A cereja do bolo ficou representada pelo diálogo a seguir, considerada a percepção ruim que a população e a imprensa têm da relação entre políticos e empresários, principalmente, quando o político é do PT.
Diálogo:
– O senhor conhece o senhor Jorge Luz?
– Conheço.
– Pessoalmente?
– Pessoalmente. Eu tinha uma relação de amizade com ele. Eu fui líder do governo. Todos os empresários já me procuraram e já conversaram comigo. Eu fui líder do governo da Dilma. Qualquer empresário procura o líder do governo.
O final foi mais trágico. O ex-deputado estica o assunto sem oferecer novidade. Volta a bajular o entrevistador: “e como eu disse, só conversei isso com você”. Acusa um colega do jornalista, alguém do Estadão, que ele diz ter mentido e age como se tivesse mastigando alguma coisa que não consegue fazer descer. O entrevistador então interrompe, se despede e, como se o desastre da entrevista não fosse suficiente, o ex-deputado termina com a seguinte pérola: “Parabéns pelo seu jornalismo”.
Por Jackson Vasconcelos
Foto: Marcello Casal Jr/aBr
Tolice é fazer as coisas do mesmo modo e esperar resultados diferentes.
Tolice é fazer as coisas do mesmo modo e esperar resultados diferentes.
Dilma entra no BuzzFeed, mas pra quê?
Não sei se foi por orientação da assessoria ou não, mas a candidata a presidência da república Dilma Rousseff teve um perfil criado no site BuzzFeed, um coletor de posts sobre curiosidades e listas.
Apesar de a postagem ter alcançado mais de quatro mil curtidas e mais de mil compartilhamentos, não acho que esse seja o mais adequado ambiente para a promoção da discussão política.
Será que isso representará o mesmo número de votos?
É uma boa discussão: curtidas em mídias sociais representam um bom resultado nas urnas?
Mesmo seguindo a linha editorial do site, abusando dos gifs animados e recomendando uma lista de motivos para votar na candidata do PT, o velho “estar por estar” em um veículo de comunicação não é uma estratégia de quem propõe um debate com o eleitor.
O BuzzFeed também foi utilizado na campanha que levou Obama à vitória, mas temos que entender que a estratégia por lá está muito mais ligada ao levantamento de fundos do que a captação dos votos dos eleitores.
– Campanha de Dilma cria postagem de apoio no Buzzfeed. (O Estado de S.Paulo)
Por Jackson Vasconcelos
Cesar Maia divulga selfies de campanha via Tumblr
Cesar Maia, candidato ao Senado pela Coligação “O Rio em Primeiro Lugar” (PMDB, PP, PSC, PTB, PSD, SDD, PSDB, PPS, DEM, PMN, PTC, PRTB, PSDC, PEN, PRP, PTN, PSL e PHS), lançou mão de uma nova ferramenta digital para divulgar sua campanha: o Tumblr, mídia social mais voltada para promoção de imagens.
Maia utiliza a internet para interagir com o público desde 2005. No Tumblr, ele divulga um álbum só de selfies – fotos geralmente tiradas por celulares, que mostram a pessoa que as tira em primeiro plano, acompanhada ou não de outros participantes. Depois dessa ação, Cesar se autointitulou o “SElfieNADOR”.
O Tumblr do candidato do DEM (http://selfienador255.tumblr.com/) recebeu mais de mil acessos, em menos de uma semana.
Por Jackson Vasconcelos
Pensando fora da caixa
É fato que o mundo mudou e muito.
Com a comunicação não seria diferente. Novas tecnologias continuam em franca expansão e as mídias e redes sociais têm chamado mais a atenção dos políticos.
É o caso do candidato ao governo da Bahia, Paulo Souto (DEM), que aderiu ao uso da ferramenta de mensagens instantâneas Whatsapp para divulgar o jingle da sua campanha. Aqui.
Na política atual, há cada vez menos espaço para o lugar comum.
O que você, candidato, está fazendo para surpreender seus eleitores?
Por Jackson Vasconcelos