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Tá tudo bem pra quem?

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violenciaTem gente que pensa que sabe construir um discurso e, como acha que sabe, pode ser político. Então, fala ou escreve o que não interessa a quem ouve ou lê e, por demagogia e bajulação, até foge das próprias convicções. No momento do contraditório, que é bem comum nos debates, se embaralha todo ou termina vencido pela incoerência.

E, nesse ponto, nasce outra lição importante: saber usar o discurso do adversário na construção do contraditório é providência essencial de sucesso numa campanha eleitoral. A Secretária Municipal de Educação do Rio de Janeiro, Helena Bomeny, publicou um artigo no jornal O Globo, intitulado “Números superlativos na volta às aulas”, no dia 29 de janeiro, que uso para oferecer o exemplo de elaboração de um contraponto (clique na imagem para ampliar).

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Com entusiasmo, ela apresentou a complexa rede municipal, formada, diz ela, por “mais de 660 mil alunos, cerca de 30 mil professores regentes, equipes de direção de cerca de 1.500 unidades escolares, entre Espaços de Educação Infantil, além de um grande número de pessoal de apoio ao trabalho escolar”.

No artigo, ela não diz isso, mas, certamente, o fato é o desafio que a estimula e está nas entrelinhas, principalmente, quando ela avisa: “O trabalho de uma escola, especialmente numa rede de ensino grande como a nossa, pressupõe uma organização muito bem planejada, executada e acompanhada, pois são muitos os fatores importantes para o sucesso dos alunos no seu desempenho acadêmico”.

Entre os fatores, há aqueles com os quais a Secretária pode trabalhar diretamente. Mas, há outros, que fogem à alçada dela e não deveriam estar longe das atribuições do Prefeito do Rio.

O acompanhamento e fiscalização criteriosos da gestão dos hospitais municipais é um deles. É um erro primário de avaliação imaginar que não há influência sobre o desempenho acadêmico dos alunos da rede municipal, nem sobre a qualidade do trabalho dos profissionais do ensino, quando diante dos olhos da Prefeitura do Rio, Organizações Sociais, por fraude ou incompetência, tornam o atendimento médico nos hospitais públicos um ato cruel.

Outro fator que influencia, sem dúvida, o desempenho escolar é a violência. Entre os mais de 660 mil alunos da rede municipal da Cidade do Rio de Janeiro, professores e profissionais do ensino que retornam às aulas, algumas ausências serão sentidas. A violência sacrificou-os.

A situação criada pela violência nas ruas do Rio e das grandes cidades chegou ao ponto de não dispensar, sob qualquer pretexto, a participação das prefeituras no esforço de solução.

O IBGE indica que um quinto dos municípios brasileiros tem guarda própria e na origem se identifica a pressão popular sobre os prefeitos por causa do crescimento da violência.

O Rio tem uma Guarda Municipal, mas qual o papel dela no combate à violência e aumento da percepção de segurança nas ruas? Ela não poderia ser melhor aproveitada?

Eu tenho defendido que sim e muitos cariocas, ao se depararem com os profissionais da Guarda nas ruas, com certeza me acompanham. Elas poderiam ser treinadas, equipadas e reestruturadas para suprirem uma necessidade visível no Rio de Janeiro: o policiamento ostensivo inteligente, que saiba lidar com a população e enfrentar os criminosos, cada dia mais ousados.

Por Jackson Vasconcelos

 

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