É falta de criatividade ou do que dizer. Por isso, as propagandas dos partidos políticos na TV são ruins. Invadem a casa da gente sem pedir licença, durante o dia todo, até mesmo nos intervalos dos programas transmitidos em horário nobre. O telespectador é a vítima e será cada vez mais sacrificado, porque o Brasil é fértil na criação de partidos, que têm direito a tempo na TV.
O pior é a briga que há nos partidos, entre os candidatos, por um segundo que seja de tempo na TV. Chega ao ponto de ser importante o suficiente para definir até as alianças e filiações.
Poderia ser diferente? Claro. O custo para produzir um produto de péssima qualidade é o mesmo e pode ser até menor para fazer algo que seja relevante para o eleitor. Todos ganhariam com a novidade, eleitores, candidatos, partidos e também a TV, que padece para colocar no ar os programas que recebe. É a grade, que é feita com tanta má vontade, que leva a uma repetição quase sequencial. O seja, a reprodução da publicidade ruim muitas vezes seguidas, uma logo após a outra.
Será diferente no dia em que os partidos e candidatos compreenderem que uma campanha eleitoral é obra da comunicação e não do marketing. É trabalho para elaboradores de discursos e nunca de construtores de peças publicitárias. A minha esperança é que isso ocorra logo. Quem sabe agora com zero de financiamento de campanha pelas empresas, o político não volte a fazer político no lugar de fazer papagaiada!
Por Jackson Vasconcelos