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PSDB SP – Decisão sem convicção

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Coisa ruim para uma campanha eleitoral é a necessidade de explicar atos e decisões sem convicção. A comunicação fica cheia de ruídos, que incomodam a ponto de dar dor no ouvido.

A campanha para a Prefeitura de São Paulo forma um conjunto de situações, que ensina.

Começo pela mais antiga: a teimosia do PSDB de tentar vencer eleições dividido. Dividido perdeu a presidência da república em 2002 e, pelo mesmo motivo, não a recuperou em 2006, em 2010, nem em 2014.

Na eleição de 2012, para a prefeitura de São Paulo, o PSDB aplicou o modelo. O governador Geraldo Alckmin manteve-se distante da disputa. José Serra ficou isolado, fez uma campanha ruim e perdeu, para o azarão, Fernando Haddad.

As gravatas usadas pelo José Serra nos debates foram o símbolo maior da qualidade ruim da campanha. No último debate do primeiro turno na Globo, José Serra usou uma gravata vermelha – cor do PT – igual à usada pelo Fernando Haddad, que representava o partido. No segundo turno, no debate da SBT, José Serra apresentou-se com uma gravata listrada, com tom predominante de vermelho, novamente, igual à usada pelo adversário.

Agora, 2016, na campanha para a Prefeitura de São Paulo, novamente, caminham por caminhos separados, José Serra e Geraldo Alckmin. José Serra com Antônio Matarazzo e Alckmin com João Dória. Como não conseguiu garantir a vaga do PSDB para Matarazzo, José Serra deslocou o candidato para o PSD, partido do aliado de sempre, Gilberto Kassab.

Matarazzo fez-se vice na chapa da candidata do PMDB, Marta Suplicy, certamente, por instrução do José Serra, que, nitidamente, quer construiu liderança fora do PSDB, já de olho na eleição presidencial de 2018.

A briga no PSDB aflorou na entrevista que Matarazzo concedeu ao jornal Folha de São Paulo, na série de entrevistas que ela faz com os candidatos a Vice. A participação foi ruim, exatamente, por ele não conseguir explicar com convicção o fato de ter deixado o PSDB, para filiar-se ao PSD e, em seguida, firmar aliança com o PMDB.

Diz o jornal:

O vereador Andrea Matarazzo optou por se unir a Marta Suplicy (PMDB), tornando-se vice em sua chapa, para “defender” sua cidade. Segundo ele, o prefeito Fernando Haddad (PT) “é um poste que não acendeu” e João Doria é “aquela coisa que a gente não sabe, um novo poste”.

“Qual a experiência de vida pública que ele tem? Ele disse que vai administrar a cidade como administra seus negócios? Deus nos livre. Pelo amor de deus”, afirmou, referindo-se ao tucano, em entrevista à “TV Folha” nesta segunda-feira (8).

Para ele, Doria “não tem a menor qualificação para ser prefeito”.

Matarazzo reconheceu, contudo, que sua decisão de retirar a candidatura foi influenciada pela posição desfavorável de sua nova sigla na corrida municipal. O PSD não fechara qualquer aliança.

“Tinha ficado com tempo de televisão muito estreito para quem ainda é um candidato desconhecido”, disse.

Matarazzo defendeu-se das críticas de que costuma recuar em suas decisões – antes de se unir a Marta, havia negado por diversas vezes que seria vice de alguém na eleição deste ano.

“Às vezes é preciso mudar de rumo. Você não vai também bancar o Dom Quixote”, afirmou.

Segundo o vereador, ele e Marta unirão “esforços e projetos” e possuem visões muito parecidas para a cidade.

Matarazzo disse que gostaria de atuar ativamente na gestão da peemedebista caso ela seja eleita. Mas não quis comentar qual secretaria assumiria.

Quando questionado sobre nomeações políticas para cargos públicos criticou “o que acontecendo em Brasília”. Esqueceu-se, porém, que o governo interino hoje é do PMDB, partido de Marta.

Por Jackson Vasconcelos

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