“César Maia cogita governo do estado…”. Esta notícia em forma de nota presente na coluna Informe do Dia, por obra do Paulo Cappelli e do líder do DEM na Assembleia Legislativa do Estado, deputado Milton Rangel, chega com 11 anos de atraso. César Maia poderia ter sido candidato ao governo em 2006. Não quis. Disse, “Não posso entregar a cidade do Rio ao inexperiente Otávio Leite”.
Como César Maia não quis ou não pode, Denise Frossard apresentou-se. Afinal, alguém deveria barrar o Sérgio Cabral Filho. Não conseguimos. O eleitor do estado está até hoje a pagar o preço da derrota da Denise Frossard.
Voltemos no tempo, para entender essa história.
Em 2004, o PSDB, num jogo de astúcia, relato para outra ocasião, conseguiu impor o candidato à vice-prefeito na chapa de reeleição do César Maia. Escalaram o deputado Otávio Leite.
Depois, entramos na campanha de 2006. A chapa imbatível seria Maia para o Governo do Estado e Denise Frossard para o Senado. Mas, como está dito, César recuou. A Denise, com uma baita disposição de luta, enfrentou o desafio.
César Maia, no meio do caminho, resolveu ajudá-la, mas nos fez construir uma aliança frágil, ruim, que cedeu a vaga de vice-governador ao político Eider Dantas e a de senador ao Alfredo Sirkis. Então, fomos para a luta sem alguém com peso político na Baixada, no interior ou pelo menos, na Região Metropolitana.
Assim mesmo, a imagem forte da Denise Frossard nos levou ao segundo turno. No primeiro, ela derrotou gente de peso: Marcelo Crivella, Wladimir Palmeira e Eduardo Paes. No segundo turno, Sérgio Cabral com a ajuda do Crivella, do Eduardo Paes e de todos os prefeitos do estado, exceto do Rio, montado numa dinheirama impossível de calcular, venceu. Francisco Dornelles, por um fio e erro de estratégia da campanha da Jandira Feghali, chegou ao Senado.
Denise desistiu. César Maia amargou derrotas dele e de aliados. Hoje está na Câmara Municipal e tem o filho, Rodrigo Maia, na cadeira de Presidente da Câmara dos Deputados. Sérgio Cabral ? Bem esse, vocês sabem onde encontrar.
Agora, aguardemos 2018, porque é cedo para fazer previsões. A política tem o próprio relógio.
Por Jackson Vasconcelos