As fraudes eleitorais são tema recorrente nas eleições, algumas com justos motivo, outras como choro de perdedor. No Brasil, a fraude está nos partidos, criados aos montes, para dar acesso ao dinheiro do fundo partidário e comerciais gratuitos na TV e rádio. Eles têm donos e nenhuma obrigação com o desempenho eleitoral.
Entre as exigências para criá-los, existe a soma de, pelo menos, 430 mil assinaturas de eleitores registrados na Justiça Eleitoral. Ocorre que, a conferência é uma das responsabilidades da Justiça Eleitoral. Conhecendo como funcionam as instituições públicas no Brasil, não é injusto e é razoável acreditar que a conferência não deve ser lá essas coisas. Se, de fato, não forem, estaremos diante de uma janela aberta para a fraude.
Mas, há outra. Antes, lembremos que os dicionários definem “fraude”, o ato ardiloso, enganoso, de má-fé, praticado com o intuito intencional de lesar ou ludibriar alguém. Com esse conceito surgiu a moda corrente de troca de nome. É fraude! Os partidos trocam de nome, para não mudar de vida e ludibriar os eleitores.
Alexandre Magno, rei da Macedônia, com vasto conhecimento de estratégia e comando, em apenas 12 anos, conquistou a Síria, o Egito, fundou Alexandria e edificou um dos impérios mais relevantes da história do mundo. Conta a lenda que ele, rigoroso comandante, no auge da glória, ao passar em revista as tropas, encontrou um soldado que tinha farda em desalinho, cabelos mal penteados. O moço destoava da tropa. Alexandre, então, parou em frente ao soldado e perguntou:
– Qual o seu nome, rapaz?
– Alexandre, senhor! Meu nome é uma homenagem do meu pai ao melhor comandante e mais venerável rei!
– Então, rapaz, mude de vida ou mude de nome – encerrou Alexandre.
Por aqui, os partidos andam a mudar de nome, mas com o propósito claro, determinado, de não mudar de vida. Querem fazer como as cobras: trocar o coro sem trocar o corpo.
Por Jackson Vasconcelos