Terminou a eleição para o governo do Amazonas. Venceu, quem quase sempre venceu, Amazonino Mendes. Faz todo sentido: o eleitor do Amazonas elege Amazonino. Será? Não é bem assim. Cinquenta por cento dos eleitores do Amazonas não quiseram Amazonino, nem o adversário dele, o Eduardo Braga. Quiseram ninguém, porque, provavelmente, ninguém é melhor do que um alguém do tipo que o povo já conhece na política.
O recado do povo, portanto, permanece vivo: “Enquanto não nos derem candidatos nos quais a gente acredite, a gente não votará”. Haverá quem diga: “Isso é péssimo, porque os mesmos ruins continuarão a fazer o que sempre fizeram: expropriar a renda nacional a favor deles mesmos e dos parceiros, sempre contra o povo”. “E daí?”, responderá o povo. Não existe entre todos alguém que me garanta que fará diferente.
Eu continuo a bater na tecla. Sem candidato que empolgue, que mostre capacidade para fazer diferente o que tem sido feito do mesmo modo a vida toda, o povo não perderá tempo precioso indo às urnas. E que se danem todos!
Por Jackson Vasconcelos