fbpx

Maluquices eleitorais 1

Compartilhe!

Vejam só o que diz a lei eleitoral sobre desincompatibilização. Ela existe para evitar que quem ocupa cargo público utilize a função como ferramenta de campanha, naquilo que popularmente chamam de “uso da máquina”. Parece coisa boa e justa. Coisa que tornaria equilibrada a disputa. Certo? Quase certo, porque há na lei uma esquisitice.

Vamos ao exemplo:

Se um prefeito, governador ou presidente da república quiser concorrer à reeleição, não precisa desincompatibilizar-se. Pode continuar prefeito, governador e presidente enquanto é, ao mesmo tempo, candidato. Mas, e se o prefeito quiser ser governador? Precisará deixar o cargo. E o governador que queira ser presidente? Idem. Faz pra você algum sentido isso?

E no caso dos senadores, deputados federais, estaduais e vereadores que desejem ser candidatos a qualquer cargo eletivo? Eles precisam desincompatibilizar-se? Não precisam. Vão às campanhas levando os cargos. Isso faz toda a diferença numa campanha. Por quê?

Porque se você for candidato a deputado federal e não tiver ainda mandato, você terá que arcar com todas as despesas de contratação de assessorias, de combustível e etc. Os parlamentares no exercício do mandato usam as estruturas dos respectivos gabinetes.

Ah! Mas, a lei, para evitar que os prefeitos, governadores e presidente usem a máquina, proíbe que eles compareçam à inauguração das obras que fizeram. Parece bom, não? Bobagem. O legislador deixou na lei a figura da visita técnica. Então, os prefeitos, governadores e presidentes podem visitar as obras enquanto estão em campanha, para “visitas técnicas”, mole não?

Por isso, não há renovação fácil nos quadros da política.

Por Jackson Vasconcelos

Mais Publicações

Uncategorized

OS BACANAS E AS FAVELAS

Jackson Vasconcelos, 21 de outubro de 2024 Vejam só! Meio & Mensagem, sob o título “Potencial (Ainda) Inexplorado)”dá notícias da pujança econômica das favelas brasileiras, trabalho

Quer aprender mais sobre política?

Conheça nosso curso.