João Santana e Mônica Moura fizeram as duas únicas campanhas da Presidente Dilma Rousseff. Foram presos, porque não explicaram de modo convincente a origem de US$ 4,5 milhões encontrados com eles. Agora, confessaram que mentiram, porque, de fato, como previra a Justiça, eles receberam o dinheiro para fazer a campanha da Dilma.
Só não sabiam que o dinheiro saiu do esquema de corrupção. Mas, de onde, eles imaginaram teria saído? Certamente, não do colchão ou da bolsa da presidente, que, em 2010, segundo ela mesma informou à Justiça Eleitoral, já tinha R$ 113.000,00 e em 2014, R$ 152.000,00.
A presidente, no rastro da confissão, informou: “não autorizei pagamento de caixa 2 a ninguém. Se fizeram não foi do meu conhecimento”.
Então, quem pagou e como pagou a parafernália colocada à disposição dela e da campanha, ao custo percebido por todos? Pode ser que a presidente acredite que tudo tenha sido doação dos amigos que ela, pessoa dada a fazer amigos, tenha feito ao longo da vida. Se algum dia precisar chegar diante de um juiz para explicar as campanhas dela, a presidente, certamente, dirá que conheceu só de ouvir falar ou de passagem, o casal João Santana e Mônica Moura e que nunca soube que alguém fizera campanha para as eleições dela. E, que os mandatos foram obra e graça de um povo que, ao olhar para os olhos dela e ouvir o que ela falou, se apaixonou por ela de tal forma, que votou sem precisar de nada mais.
Enfim, de tudo o que tenho lido, ouvido, visto e assistido no carrossel de depoimentos dados ao juiz Sérgio Moro, ainda prefiro as Fábulas de La Fontaine e Monteiro Lobato e até as novelas da TV Globo.
Por Jackson Vasconcelos