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Crianças Eróticas. 

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O “Cavalo Tarado”, analfabeto e no cio, apresentou-se na pele de uma mulher na Escola Municipal Luiz Carlos Prestes, um comunista por aqui homenageado, homem que, em nome e a favor da ideologia e de si mesmo, apertou as mãos e abraçou o peito do carrasco que entregou a esposa dele e a filha ainda no ventre a outro carrasco, Adolfo Hitler.

O “Cavalo Tarado”, analfabeto e no cio, galopou nas costas de um louco, tomou para si a mochila de uma menina e sentou-se do lado dela para assistir uma dança com jeito de sacode feita por homens vestidos de bailarinas  O ato foi mais um convite de adultos à erotização de crianças. Isso tem sido rotina de uns tempos para cá no Brasil. Outros casos apareceram nas redes e na TV. Um deles em São Paulo, quando um homem nú apareceu no palco de um teatro de mãos dadas com meninas que não tinham mais do que dez anos de idade e na ocasião e outro tendo um homem deitado no chão, sem roupa, acariciado por um garoto que aparentava ter quatro ou cinco anos de idade, presentes os pais e platéia. 

A tentativa de levar o erotismo para as crianças revolta uma parte da sociedade e é aplaudida por outra. É complicado acreditar que alguém com a consciência sã concorde com o projeto de erotização de crianças. Mas há quem concorde e não se contente em concordar e levanta-se com furor contra quem discorda e luta para que isso acabe. O importante é saber o motivo da concordância. 

Georges Bataille, escritor francês, autor de Erotismo, afirma na obra que o erotismo diferencia a sexualidade da espécie humana das demais espécies, pois a sexualidade humana não existe só para a reprodução. Por isso, ela está intimamente ligada à liberdade para fantasiar. O prazer e a libido, diz Bataille, têm estreita relação com as fantasias sexuais. Ele diz também, por óbvio, que existem situações eróticas prazerosas para alguns, mas que soam repulsivas para outros e daí eu concluo: esse é um fato que leva as relações sexuais para o campo da liberdade própria limitada pelo respeito à liberdade do outro. 

Como o respeito à liberdade do outro não consta da cartilha de bastante gente, existem pessoas que desejam impor suas fantasias sexuais às crianças para que elas façam-se adultas antes do tempo e sejam discípulas da libertinagem – escravas só de seus próprios desejos imaginado-se livres para agirem do modo como bem entenderem sem preocuparem-se com os outros. É o vale-tudo seja na mesa da sala, seja na cama, sem que tenha importância a opinião do outro. 

As escolas estão a serviço disso? Quem pode dizer? Os prefeitos podem, pois é deles a incumbência legal de cuidar das crianças no momento em que elas ingressam num mundo totalmente novo, onde têm a oportunidade de receber alguns instrumentos para decidir de que modo desejam viver suas vidas e, certamente, as fantasias sexuais não deveriam constar da proposta de ensino. 

Mas, os prefeitos sabem o que ocorre nas escolas pelas quais são responsáveis? O fato ocorrido na Escola Municipal Luiz Carlos Prestes na cidade do Rio de Janeiro nos oferece a resposta. O prefeito apresentou-se ao público para tratar do assunto tendo como companhia as imagens que chegaram ao celular dele no mesmo momento em que chegaram a todos os demais. Ou seja, estou livre para acreditar que se as imagens não tivessem viralizado e criado indignação antes na sociedade do que no prefeito, ele desconheceria o fato. 

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