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Eduardo Paes. O que a estratégia oferece? 

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Sem o senador Flávio Bolsonaro na disputa pela Prefeitura do Rio, o partido dele, PL, autorizou especulações e uma delas, indica a criação de uma chapa composta pelos deputados federais Dr. Luizinho, do PP, e General Pazuello, do PL. É possível que o desenho tenha o pincel do governador Cláudio Castro e dos estrategistas do Palácio. Quem sabe?   Outras especulações andam por aí. 

Quando se debate eleições para o Poder Executivo, seja para Prefeito, Governador ou Presidente, é bom ter-se em mente, que a cabeça do eleitor posiciona-se antes das cabeças dos candidatos. O eleitor avalia o governo e quem está à frente dele, alguém que tanto pode apaixonar, quando corresponde com excesso às expectativas, como pode decepcionar ao não atendê-las.  

Eduardo Paes retornou à prefeitura sem precisar assumir outros compromissos a não ser o de substituir o prefeito Marcelo Crivella, que se apresentou na campanha com um governo sem marca positiva, submetido a um trabalho demolidor da imagem, que se diga, sempre polêmica.  Eduardo Paes nem apaixonou nem decepcionou o eleitor. Só correspondeu ao que se queria dele. Fatura vencida e paga. Agora, inicia-se um outro jogo. 

No livro Ação Humana, de Ludwig Von Mises, há uma verificação que se adapta bem ao desenho de uma estratégia eleitoral, principalmente quando o Poder Executivo está no jogo. Diz Mises, numa versão adaptada que não perde valor: “o ser humano só se movimenta – muda de posição na vida – emprego, residência, casamento, profissão, governo, etc – diante de uma circunstância: quando está convencido de que a situação em que se encontra é ruim, com a certeza de que a mudança será para melhor”. Assim aconteceu em 2020, na eleição para a Prefeitura do Rio. No entanto, uma vez convencido de que a situação é ruim, sem a garantia de que a mudança será para melhor, o ser humano fica paralisado. Ele, na dúvida, não ultrapassa! Vimos isso em 2022, na campanha para o governo do Rio de Janeiro.   

Ouve-se críticas ao governo do Eduardo Paes, mas, curiosamente, há quem o critique ao mesmo tempo em que acredita na vitória dele. O fato demonstra que o adversário perigoso, se houver, ainda não foi anunciado ou, se anunciado, tem capacidades completamente desconhecidas. 

Como vários adversários estarão na disputa, espera-se deles, que apontem o governo de Eduardo Paes  como um governo ruim. É do jogo. Contudo, só terá chance de vencê-lo, o adversário que seja capaz de oferecer aos eleitores as garantias de lhes dar um governo melhor. Sem isso, o eleitor permanecerá com o governo que tem, mesmo que seja convencido de ser um governo ruim. Lembrem-se do que foi a campanha de reeleição do Lula: “está ruim comigo? se você voltar ao passado, será bem pior”. Foi na veia: “sem medo e sem esperança”.  

O momento é de especulações e bastante falatório e adivinhações. Só após as convenções partidárias, no próximo ano, teremos atravessado o Rubicão e aí “Alea jacta est”. Saberemos se entre os adversários do Eduardo Paes existirá quem consiga superá-lo. 

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