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A “Rainha das loucas, dos lazarentos e dos moleques do internato”. (CB)

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“Então disse Adão: A mulher que me deste por companheira, ela me deu o fruto e comi. E disse o Senhor Deus à mulher: Por que fizeste isto? E disse a mulher: A serpente me enganou, e eu comi”. (Gênesis 3:12 e 13). Eis aí a prova de que o ser humano é dado, desde a sua criação, a transferir para os outros a responsabilidade pelos próprios atos. Por que seria diferente agora, quando há uma luta política no Brasil entre os que têm Bolsonaro como líder e os que têm Lula nesse papel? 

Em Brasília, no dia 8 de janeiro, um grupo de pessoas enlouquecidas invadiu prédios públicos e saiu para quebrar o que encontrou pela frente. Tomando-se o ato como consequência do resultado da eleição presidencial, considerou-se natural que o Presidente do Tribunal Eleitoral assumisse o controle da situação, tirasse do posto o governador do Distrito Federal, prendesse o Secretário de Segurança comandado por ele e prendesse uma multidão. Contudo, para não fugir à cultura iniciada no Jardim do Éden, era preciso transferir a responsabilidade dos atos para alguém além dos baderneiros. Encontraram a internet. 

Em Blumenau, um assassino invadiu uma creche e, com um machado, matou crianças. O cara foi preso, mas alguém acima dele deve ter agido para fazer com que ele agisse do modo como agiu, algo bem parecido com o que aconteceu antes em outros lugares. Quem poderia ter estimulado os loucos? A internet. 

Junte-se os fatos a outros relevantes na política, um deles, a eleição em 2018, de um candidato sem partido, sem dinheiro e, à primeira vista, sem chance de vencer. Quem poderia ser apontado como responsável pela eleição do cara? A internet. 

Então, minha gente, acabemos com essa tal de internet ou, se não conseguirmos acabar, que criemos um modo de ela não fazer tanto estrago. Nasceu o tal Projeto de Lei que vem para instituir a “Lei Brasileira de Liberdade, Responsabilidade e Transparência na Internet”. Louvável, não? Algo que nem Deus, mesmo perfeito como é, imaginou, pois ele poderia ter evitado o “pecado original” com uma atitude simples: tirar a árvore que produziu o fruto proibido e fazer isso antes que o primeiro casal fosse desobediente. Mas, para isso, Deus teria refeito o ser humano, a criação mais complexa e imperfeita criada por ele. Deus precisaria ter retirado do ser humano o livre arbítrio, para passar Ele, Ele mesmo a ser o condutor de uma humanidade de marionetes. Como Deus pode tudo, quem sabe Ele não poderia nos dar uma mãozinha agora e passar a conduzir os seres humanos para tirar das costas dos agentes do Estado um peso enorme que eles são obrigados a carregar? 

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