A capa da revista VEJA traz uma foto do Ministro Fernando Haddad com a chamada: “A Primeira Vitória – O ministro Fernando Haddad crava uma decisiva (e importante ) conquista frente à ala política do PT em torno dos impostos sobre combustíveis – mas a guerra está só começando”.
Peraí. Como assim? Fernando Haddad eleito prefeito de São Paulo, candidato à Presidência da República pelo PT não faz parte da ala política do partido? Onde, então, estará ele posicionado? A revista dá a ele um papel novo, o de um técnico em confronto com os políticos, o que não é verdade e, portanto, se constitui numa coisa que a própria imprensa chama de fake news.
Indo adiante, temos o fato principal: a desoneração dos combustíveis, fato que representa a devolução de impostos ao preço dos combustíveis, retirados pelo governo anterior para evitar que todos os danos financeiros da guerra entre a Rússia e a Ucrânia fossem transferidos para o preço dos combustíveis pago pelos brasileiros. Temos, então, que a notícia aplaudida pela revista VEJA é a do aumento no preço dos combustíveis e, em sendo isso, não é a ala política do PT que perde. Um grupo composto, certamente, por pessoas que não pagam os combustíveis do próprio bolso. Com a medida do governo, perde o povo, o mané, na definição de um dos agentes relevantes do Estado Brasileiro.
A revista informa que a medida representa a transferência de 34 bilhões de reais do bolso do contribuinte para os cofres da União. Nesse ponto entramos em outra seara: o que a União fará com todo esse dinheiro? Ele será distribuído entre os 37 ministérios. Ou não é isso?