Jair Bolsonaro fez a última live como Presidente da República. Eu assisti com atenção e vi que ele perdeu mais uma oportunidade para passar para a História como o melhor presidente depois de Juscelino Kubistchek. Jair Bolsonaro estava acabrunhado, meio perdido, um tanto sofrido e cheio de lamentações.
Oportunidade é um conceito da estratégia, mas Jair Bolsonaro não gosta das oportunidades. Pelo menos parece não gostar muito e, no último pronunciamento dele como presidente, mostrou isso. O Presidente fez bem em não reconhecer a vitória do adversário, pois ela não nasceu de uma disputa digna e legítima. Lula, sequer fez campanha, pois as instituições fizeram por ele, movidas pelo ódio. A Justiça Eleitoral não impôs limites às campanhas dos adversários do Bolsonaro, mas colocou no caminho dele todos os obstáculos que pode. Viu-se, na prática, o exercício estendido do velho ditado: “Aos amigos tudo, aos inimigos bem mais do que a lei”. Mas, é jogo jogado e Jair Bolsonaro deveria ter aproveitado a última palavra como Presidente para anunciar que será o tradutor das vozes das ruas no exercício de uma oposição feroz ao novo governo.
O Presidente poderia ter lembrado o dia da posse dele, quando o mundo todo ouviu a jovem senhora Michelle Bolsonaro fazer um discurso belíssimo em libras, para anunciar que se teria um governo humano. Seria um contraste enorme com a orgia que faria Lula sob a batuta de Janja.
Jair Bolsonaro perdeu a oportunidade de agradecer aos eleitores dele os votos que elegeram seus aliados: Sérgio Moro, Tereza Cristina, General Mourão, Tarcísio, Cláudio Castro e outros tantos. A esposa, companheira desde a primeira hora e durante toda a campanha e os filhos, deveriam estar presentes na live.
Pena que nada disso aconteceu. Então, Juscelino permanece como o maior Presidente da República entre todos, ombreando-se com as melhores lideranças políticas do mundo.