Político adora pesquisas… no tempo das campanhas. No intervalo entre elas, nem pensar. Acham caras, absurdamente caras. Normalmente, vaidosos, os políticos adoram as pesquisas que os favoreçam e vêem todo tipo de erro naquelas que mostram as suas desvantagens e fraquezas. Por isso, quem faz pesquisas para os políticos sabe o quanto eles estão determinados a influenciar os resultados delas.
Como as pesquisas têm uso só como alimentadoras das vaidades, elas, quase sempre, são descartadas na tomada das decisões dos políticos. Eles pedem as pesquisas, pressionam pelos resultados que lhes favorecem e quando os dados lhes são apresentados, normalmente, vangloriam-se e, em seguida, as descartam. Seguem adiante com as decisões que tomariam mesmo sem os dados obtidos.
Bons conselhos para quem queira ter sucesso na política:
- Realizem pesquisas, poucas, mas efetivas, no intervalo entre os tempos oficiais das campanhas. Nessas ocasiões os preços são vantajosos, porque o mercado está desaquecido. Não para saber a intenção de votos, mas para conhecer como os eleitores estão percebendo a política no momento.
- Não mascarem o ambiente, para mascarar os resultados. Deixe que as pesquisas coletem os dados corretos, reais.
- Para elaborar as estratégias das campanhas, que acontecerão adiante, os resultados das pesquisas devem servir como instrumentos de decisão.
Portanto, 2017, no mundo das eleições para as funções de Estado, é ano bom para realizar pesquisas. Elas são mais baratas e nortearão a elaboração da estratégia para o tempo mais quente e agitado, que é o tempo certo das campanhas oficiais.
Por Jackson Vasconcelos