21.08.2023
Faz um ano.
Um mês e pouco antes do dia da eleição presidencial, o Estadão publicou, com comentários, uma pesquisa realizada pelo Instituto Quaest para a empresa Genial Investimento sintetizada na manchete: “Volta do PT ao poder e reeleição de Bolsonaro causam medo no eleitor. Pesquisa mostra que 45% dos eleitores têm medo da continuidade do atual governo e 40% temem um novo mandato de Lula; campanhas atuam para reforçar sentimento”. A notícia está na edição do dia 22 de agosto de 2022.
Pois é, nem por isso, os eleitores escolheram caminhos diferentes, por melhor que fossem as opções. Todos os que decidiram votar, votaram para excluir o candidato que lhes colocou medo. Faltou alguém convincente e com argumentos suficientes para demonstrar ao eleitor que o resultado da eleição poderia render benefícios mútuos, bastava que, sabedores do risco tivessem também a certeza de poder votar sem ele.
As campanhas ficaram devendo uma informação: “não corra o risco…ele é desnecessário. Você não precisa votar no Jair Bolsonaro para evitar o Lula, nem votar no Lula para evitar Jair Bolsonaro. Você tem outras opções”. Mas, quem poderia evitar o risco preferiu adotar campanhas para desqualificar quem já estava desqualificado por quase a metade dos eleitores.