Faz 30 anos que o Prefeito do Rio de Janeiro declarou falida a prefeitura. Agora, a Presidente do Brasil fez o mesmo com relação ao governo dela ao encaminhar ao Congresso Nacional a proposta do Orçamento da União para o próximo ano, com um déficit de R$ 30 bilhões.
Salomão, quase no final da vida, escreveu Eclesiastes e deixou uma das observações de melhor aplicação prática na vida: “O que foi, isso é o que há de ser, e o que se fez, isso se tornará a fazer; de modo que nada há de novo debaixo do sol”. Einstein poderia completar o Eclesiastes com a frase que a experiência dele criou: “Tolice é fazer as coisas do mesmo modo e esperar resultados diferentes”.
Entre a falência da Prefeitura do Rio decretada pelo Prefeito Saturnino Braga e a falência do Governo Brasileiro, declarada agora pela Presidente Dilma, há situações de impressionante semelhança.
Em 1985, depois de uma campanha com golpes abaixo da cintura, Leonel Brizola elegeu Saturnino Braga, Prefeito do Rio. Concorreram 30 candidatos numa eleição de turno único. Rubem Medina, naquele tempo, deputado federal já com cinco mandatos consecutivos, mas com apenas 40 anos de idade, chegou em segundo e foi o foco principal dos ataques do Brizola, principalmente, porque fez uma campanha que alertava a população do Rio para os riscos de falência da Prefeitura se aplicadas as promessas do PDT.
Outro ponto a favor das coincidências: a senhora Dilma Rousseff, se sabe, naquele tempo, no Rio Grande do Sul, estava nas fileiras do PDT, ao lado, portanto, dos senhores Leonel Brizola e Saturnino Braga.
Por Jackson Vasconcelos