Será que pisei no calo do Presidente Temer? Eu ficaria feliz se tivesse visibilidade e importância para tanto. Não tenho.
A dúvida apareceu com as reações agressivas ao comentário que fiz no facebook sobre a palavra do Presidente, quando ele se diz preparado para governar o Brasil, porque sabe lidar com bandidos e promete que, toda vez que cometer algum erro, “consertá-lo-a”.
Mas, eu conheço como são as operações dos políticos na internet, em especial, no facebook, por isso, afirmo: as reações nada têm com a minha importância pessoal. Estão ligadas ao fato de o personagem que representa o presidente nas mídias sociais ter sido “marcado” no post que publiquei.
Existem, atendendo os políticos e campanhas, empresas no segmento da comunicação por internet, que “compram” ou “alugam” páginas de gente que tem número expressivo de leitores. Elas se apropriam do login e senha das páginas e ficam atentas aos comentários a favor e contra os políticos que as contratam. Diante de comentários como o que fiz, as empresas, imediatamente, analisam o perfil do comentarista, para saber se ele tem um número razoável de leitores e ouvintes. Se tiver, eles ativam respostas através das páginas que compraram ou alugaram e sentam o sarrafo, com o propósito de passar para o público em geral a ideia de o político criticado ter um grupo enorme de apoiadores naturais, da própria sociedade e de fora do mundo político.
Quando os posts são de elogio, eles ativam apoios e aplausos. Tudo falso. Por causa dessas empresas, e dos procedimentos delas, a comunicação política na internet está insalubre.
As agressões verbais que recebi me indicaram que o Presidente Temer tem um serviço desse contratado. Então, daqui por diante, não “copiá-lo-ei” quando criticá-lo. Os agressores sumirão, estejam certo.
Por Jackson Vasconcelos