O recruta Zero está bem perto de ser presidente da República, porque descobriu cedo que televisão à disposição dos partidos, imprensa tradicional e “ter opinião formada sobre tudo” para fazer planos de governo, não são mais instrumentos exclusivos para vencer eleição. Sequer são os mais importantes.
Há uma onda que entrou nas campanhas eleitorais no Brasil em 2010 e que se agiganta a cada nova eleição: o sentido de rede. Com pouca TV, mídia tradicional equivocada e sem um plano com começo, meio e fim para governar, Marina Silva alcançou 19,33% dos votos para presidente da República, um resultado surpreendente para 2010. Em 2014, ela bateu nos 21,32% dos votos e quase foi ao segundo turno.
A onda da rede está no mundo todo. Separou a Inglaterra da União Européia, elegeu Donald Trump nos Estados Unidos e Macron na França, mexeu com os alicerces na Argentina para dar poder ao presidente de um clube de futebol, Maurício Macron.
Essa onda já está no Brasil e assusta os candidatos. Mas, para trabalhar nela é preciso entender o que ela significa e como ela funciona. Significa relacionamento direto e não tem ti-ti-ti, nem meias palavras…
Por Jackson Vasconcelos