Sendo ou não uma democracia, um país é governado por seu povo, por ação, covardia ou omissão. O Brasil de governos autoritários e de governos democráticos não fugiu nem foge à regra. Uma longa história temos para não ficar com dúvida sobre a sina. O povo brasileiro aplaudiu os ditadores e deles se livrou quando se tornaram insuportáveis.
A nossa gente custa a compreender um problema, mas quando compreende, resolve. Assim foi com a ditadura e com a inflação e pode ser agora com relação ao papel dado ao Estado Brasileiro pelos agentes públicos, servidores, bajuladores ou eleitos.
O Brasil precisa sair do impasse, que segura a sociedade numa situação, para uns, de extrema miséria e para outros de injustificada riqueza. A saída é pela revisão do papel dos agentes públicos. Eu não tenho dúvida. E só o povo pode exigir e fazer a revisão.
Luiza Trajano, entrevistada pelo jornal O Globo, no domingo dia 10, disse: “Quem manda no país é o Congresso Nacional”. Na mesma linha trabalha um grupo de ex-alunos do ITA, Instituto Tecnológico da Aeronáutica, que criou o movimento GRITA, com o objetivo de conscientizar a população brasileira para a importância do voto que escolherá deputados federais e senadores.
A opinião predominante, no entanto, é a favor da importância do voto a ser dado aos candidatos à presidência porque um presidente da república, seja quem for, tem instrumentos para fazer o Congresso dançar a música que será tocada pelo Poder Executivo. E disso também existem provas. Quem pensa assim, estende o entendimento para a relação entre os governadores e deputados estaduais, prefeitos e vereadores.
Esteja a razão com quem estiver, na ponta está o povo, que para escolher uns e não outros ou escolher nenhum candidato, depende das informações que tenha e de poder traduzi-las em algo útil para a seleção que fará. Claro está, no entanto, que tais informações os eleitores não conseguirão com os candidatos.
Elas e eles estão aí em plena atividade, nas ruas e nas redes. Na imprensa, também. No entanto, que informações oferecem para que os eleitores possam decidir o voto sem o risco de estarem a entrar numa fria ? As candidatos e candidatos dançam, jogam bola, abraçam o povo, distribuem pensamentos incentivadores, criticam uns aos outros. Promovem um bombardeio de informações totalmente inúteis para quem precisa escolher em quem votar.
Há um vácuo no sistema de informações que pode ser preenchido pelos liberais. É suficiente que eles mostrem serem os únicos a compreender o papel que cabe ao Estado, esse mastodonte consumidor de energia do cidadão sem o menor escrúpulo. O povo sabe que o Estado lhe pesa nas costas. Sabe também que os políticos participam desse peso sem contrapartida. Então, basta que lhes mostrem alternativas.
A palavra, portanto, está com os liberais. Temos a melhor mensagem, porque sabemos exatamente que incumbência deve ter o Estado, na linguagem do povo reconhecido como governo. Com liberdade para criar e empreender, o povo sairia da armadilha em que está metido.