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Político morre pela boca!

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1710.Dilma

O Brasil tem uma presidente que é desastrosa na formulação econômica, na organização da política e na comunicação. Para a presidente, palavra e imagem não formam um quadro. Os exemplos são vários. Eu trago um.

Um dia qualquer alguém descobriu que o governo dela manipula os números do Orçamento da União, para fingir que cumpre a Lei de Responsabilidade Fiscal. Pois bem, criativos jornalistas chamaram a atitude de “pedaladas fiscais”. E o nome pegou!

Para a imprensa e para o resto da sociedade daqui e do mundo, a presidente, ao “pedalar” as contas nacionais está praticando um ato ilegal, desonesto. Tão irresponsável, que poderia justificar o impedimento dela.

Não é que a presidente resolve, no meio disso, ser fotografada andando de bicicleta? Pra quê? Certamente, pra passar a imagem de uma presidente que se exercita e que cuida da saúde. Mas, o que cada um viu na atitude? O reforço da imagem negativa.

Mas, a Presidente não parou aí. “Pedalou” e andou de bicicleta até que o Tribunal de Contas da União, por causa das “pedaladas fiscais” sugeriu ao Congresso a rejeição das contas dela. Ou seja, “as pedaladas” da presidente nas contas nacionais estão provadas.

Poucos dias após, ela voltou com o tema. Para dizer o seguinte: “Não está certo tentar chegar ao poder através de vamos dizer assim, isso sim, pedaladas políticas, isso sim é pedalada. É chegar ao poder através de atalhos”.

Pode haver outro sentido para essa palavra a não ser: “tem gente que quer chegar no poder fazendo na política, o que eu fiz nas contas nacionais…”. Não sei não! Os poucos que ainda defendem a permanência da Presidente na Presidência deveriam aconselhar Sua Excelência a ficar, definitivamente, com a boca fechada. A chance de ela sobreviver seria maior.

Quem faz comunicação, principalmente, comunicação política aprende que as palavras, no ambiente, não têm significado absoluto. Elas são compreendidas com base no ambiente e na ocasião em que ganham vida.

A história da política está repleta de projetos políticos promissores, que foram interrompidos num instante, porque uma palavra que no significado bruto tinha sentido diferente daquele que recebeu numa situação inadequada. Por isso, há pelo mundo políticos que morreram pela boca, como morrem os peixes.

Por Jackson Vasconcelos

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A casa branca, Domínio público, via Wikimedia Commons
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