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Bati os olhos no Valor Econômico e encontrei a indicação de leitura do artigo publicado pela ex-senadora Marina Silva: “Brasil por se descobrir”. Não deixei passar porque Marina deve ser, novamente, candidata à Presidência da República e, se ela, tem um Brasil a descobrir, seria importante saber qual.

No primeiro parágrafo, Marina diz: “O que significa falar sobre as perspectivas para o Brasil em um momento de tantas dores e dificuldades, como  o que estamos vivendo hoje nesse mundo plasmado de volatilidade, incerteza, complexidade e ambiguidade, resumido na sigla “vuca” em inglês, e que em português parece ter virado muvuca”. Troço confuso, esquisito, com intenção de ser humorado, sem ser.

Não desanimei. Fui adiante tentando encontrar o “Brasil por se descobrir”.

Marina abriu o segundo parágrafo com “A chegada do fim do ano é um momento propício para pensarmos em novos começos”. Hein? Marina prossegue: “E por que não tentarmos unir as pessoas para encontrar uma aspiração de país, como parte significativa de nossa busca por um Brasil ideal?”. Será esse o Brasil a descobrir? O Brasil ideal? Mas, o que seria o Brasil ideal?

Marina, então, faz um diagnóstico: “Temos preocupantes déficits de investimento. O Brasil é marcado por uma profunda desigualdade social, que exige do Estado políticas públicas em larga escala…” etc e tal. Juro que tive vontade de parar por aqui. Mas, eu não faria isso com a ex-senadora. Segui em frente e me arrependi, porque não encontrei o “Brasil por se descobrir”.

Marina encerra o artigo citando Gilberto Gil:”Como diz Gilberto Gil, o povo sabe o que quer, mas também quer o que não sabe”. Eu sei o que quero: que a ex-senadora Marina Silva me mostra o “Brasil por se descobrir”. Ela tem até o dia da eleição, no início de outubro do próximo ano para me dizer. Se dizer, terá alguma chance de conseguir o meu voto.

Por Jackson Vasconcelos

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