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“Não cantar vitória antes do tempo. Ser discreto!”

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Vê-se que os novos políticos estão deslumbrados, mas todo cuidado é pouco, porque os mandatos só começaram. Tem muita estrada a percorrer. É preciso negociar melhor com a vaidade e com o tempo.

Dias antes do Carnaval, descobri e li com atenção, anotando e marcando as frases e lições relevantes, a carta do diplomata François de Callières ao Rei Luís XIV, o “Rei Sol”.  

Secretário de Gabinete do Rei, François Callières fez para Sua Majestade, um tratado sobre a arte mais antiga da terra, a arte de negociar.

“A obra que tenho a honra de apresentar a Vossa Alteza Real tem por objetivo dar uma ideia das qualidades e dos conhecimentos necessários para formar bons negociadores, indicar os caminhos que devem seguir, as dificuldades que devem evitar e estimular aqueles que se destinam às embaixadas a se tornarem capazes de preencher dignamente empregos tão importantes, e também tão difíceis, antes de se comprometerem”.

A carta está à venda em forma de livro com o título “Negociar – A mais útil das artes” editado pelo Centro Brasileiro de Relações Internacionais, Cebri. É um presente que Guilherme Laager, garimpador do trabalho num sebo em Paris, e José Luiz Alquéres, entregaram à literatura sobre estratégias, numa homenagem póstuma ao Ricardo Augusto dos Reis Velloso, filho do ex-ministro João Paulo dos Reis Velloso, que faleceu no dia 19 de fevereiro.

Laager e Alquéres tiveram a feliz iniciativa de, a cada passo dado pelo autor, fazer um resumo da estratégia sugerida por ele. Lá estão, por exemplo:

  • “A informação é o melhor investimento para um negociador”;
  • “Negociar sempre e com antecipação”;
  • “É importante descobrir os segredos do outro lado”;
  • “Firmeza e coragem. Duas qualidades complementares”.

Eu adquiri na Livraria Argumento.

Por Jackson Vasconcelos

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