Na última terça-feira, dia 19, matei as saudades que sentia há muito de tempo de bons amigos. Aconteceu na Livraria Cultura, no Centro do Rio de Janeiro, que está num antigo teatro. As adaptações respeitaram a história, o que faz do ambiente um culto à cultura. O livro que escrevi, “Que raios de eleição é essa?” foi o pretexto do nosso reencontro. Fiz uma exposição do trabalho. Falei de política, de campanhas e eleições. A seguir, um resumo:
Entre todas as definições de política que encontrei pelo caminho, a melhor diz que a política é a arte de resolver de modo pacífico os conflitos humanos. Onde entra a violência, a vontade imposta pelo mais forte, o “manda quem pode, obedece quem tem juízo”, a política desaparece. Quando a solução dos conflitos se dá pelo diálogo, pela construção do consenso, pelo respeito ao dissenso, pela capacidade de recuar alguns passos para avançar outros mais, ali se tem a política. A guerra é o ode à violência, a trégua e a paz, um ato deliberado da política.
A disputa pelo poder é um dos conflitos humanos. Pode se dar pela violência, como aconteceu no tempo do Getúlio e em 1964, quando a farda impôs o jogo. Algo parecido se quer fazer agora com o peso das togas, que buscam alicerce na subjetividade da lei brasileira.
A política resolve o conflito da disputa pelo poder via voto, via eleições e eleições nos remetem às campanhas. Tenho uma paixão enorme pela política e pelo fazer campanhas eleitorais. Elas podem acontecer com estratégia ou na tentativa erro, no “eu acho”, etc. A escolha do caminho é decisiva para o resultado? Não é, mas ajuda e quem trabalha com estratégia diminui muito o risco de perder…”.
Segui esta trilha por 30 minutos e no final, fiz nova noite de autógrafos. Foi sensacional!
Por Jackson Vasconcelos
Fotos: Alessandro Costa