Publicado em

CARLOS LUPI E OS VÍCIOS DO SISTEMA

Autor Jackson Vasconcelos

Faz 14 anos que Carlos Lupi renunciou à função de Ministro do Trabalho do governo Dilma Rousseff, acusado de fazer vista grossa para a relação espúria entre Organizações Não Governamentais e o Ministério. Agora, a história se repete, mas com Carlos Lupi no Ministério da Previdência no terceiro governo Lula. Nas duas ocasiões, Lupi durou uma “eternidade” para deixar o governo, deixando torrar a própria imagem e do PDT, partido que ele preside. Na vez anterior, numa entrevista coletiva na sede do PDT, ele reconheceu que o partido era o principal atingido pelas denúncias. 

Carlos Lupi já foi deputado federal e, quando foi, criou e apresentou, em 1993, uma proposta de lei, o PL 4.225, que postulou a tipificação como crime punível com 1 a 4 anos de detenção, a retenção “dolosa” de salários. Lupi justificou: “Não apenas o trabalho escravo deve ser motivo de punição, mas toda a ação daqueles que retém de maneira dolosa o fruto do esforço físico ou mental de um trabalhador”. 

Há também no histórico político de Carlos Lupi, uma negociação estranha entre ele, candidato a suplente de senador, e o titular Roberto Saturnino,  falecido em 2024. Carlos Lupi denunciou que  participou da chapa com a garantia do titular de, se eleito, deixar para ele a cadeira na metade do mandato. Saturnino negou ter feito o acordo. Depois, em 2002,  Lupi foi candidato ao senado e chegou na décima posição.

Em 2006, Denise Frossard, candidata ao governo do estado, chegou ao segundo turno da eleição, após derrotar Carlos Lupi, Crivella, Eduardo Paes e algum candidato que representava o PT. Anunciado o resultado do primeiro turno, Carlos Lupi esteve com Denise. Eu estava presente. Ele mostrou-se disposto a dar-lhe apoio no segundo turno com a garantia de participação do PDT no governo. Denise, com elegância, respondeu: “se eu chegar lá será pelo fato do povo não gostar desse tipo de acordo”. Lupi deixou a casa da Denise e procurou Sérgio Cabral, adversário dela no segundo turno. 

Lupi é a representação de um dos vícios do Estado Brasileiro, que Denise Frossard denunciou num artigo publicado pelo Correio Braziliense em 2014, num dos momentos em que estava, novamente, em debate uma troca de cadeiras no Ministério do Lula. Algo que volta a acontecer, fato que dá ao artigo uma atualidade indiscutível: 

Afinal, para que servem os ministros?

Volta à pauta a reforma ministerial, apesar de estar o governo ainda no segundo ano de seu mandato e o presidente já haver trocado os ministros da Defesa, dos Transportes, da Educação, do Trabalho, da Previdência, do Planejamento, das Comunicações, da Ciência e Tecnologia, de Políticas para as Mulheres e da Assistência Social, que passou a ser do Desenvolvimento Social, para incorporar o combate à fome.

Não é, portanto, o caso de se perguntar para que servem, efetivamente, os cargos de ministro de Estado? Reza a Constituição que aos ministros compete, na qualidade de auxiliares diretos do presidente, exercer a orientação, coordenação e supervisão dos órgãos e entidades da administração pública federal nas áreas de suas competências.

O histórico demonstra, no entanto, que os cargos de ministro têm servido, na verdade, aos presidentes, nas situações em que os seus governos perdem sentido ou encontram dificuldades no seu relacionamento com o Congresso ou, ainda, quando precisam tirar a atenção de assuntos que os incomodam. É a estes propósitos que parecem servir, para desventura da população brasileira, porque do processo está excluído o princípio da eficiência exigido para o exercício de toda e qualquer função pública.

Para acomodar as composições políticas com o seu partido, com os seus amigos, com os derrotados do seu partido e com os adversários de conveniência, o atual presidente construiu uma estrutura administrativa com 24 ministros titulares de ministérios, além de um elenco considerável de outros auxiliares com cargos equivalentes aos de ministros de Estado, espalhados entre os órgãos essenciais, os de assessoramento imediato, os de consulta e os integrantes da Presidência da República. Com status de ministro pelas razões que todos conhecemos, existe ainda o plenipotenciário presidente do Banco Central.

Mas a decisão de criar e recriar ministérios e nomear e exonerar titulares sem preocupação com a eficiência não é privilégio do presidente atual. Para atender aos presidentes do período pós-revolução, o Brasil já contou com ministérios e ministros de todo tipo.

Tivemos, por exemplo, um para cuidar do Bem-Estar Social e outros em caráter extraordinário para Assuntos de Irrigação; para Assuntos de Integração Latino-Americana; para Assuntos da Reforma Institucional; para assuntos ligados ao esporte e um específico para cuidar da criança. Houve o da Desburocratização, e um outro para tratar da Reforma do Estado, que, antes de serem ministérios, foram secretarias e hoje nada mais são.

Os Ministérios do Trabalho e Previdência Social já estiveram juntos, assim como juntos já estiveram os da Indústria, Comércio e Turismo; o da Educação e Desporto e o da Previdência e Assistência Social.

Nomes trocados, compostos, rearrumados, divididos, agrupados, mortos e reanimados responderam por toda sorte de intenção retórica dos governos. O da Justiça não mudou de nome, mas mudou de mãos bem mais do que os outros mudaram de nomes. E, quando mudam os ministros, muda todo mundo, porque, no Brasil, os cargos de execução das políticas públicas são de confiança dos que chegam e não mais da confiança dos que rotineiramente saem.

Por isso, quando os jornais anunciam as possibilidades de mudanças, a máquina tranca; emperra e nada no mundo é capaz de fazê-la funcionar até que a mudança aconteça. E é preciso considerar que os jornais cuidam das mudanças com bastante antecedência.

O pior é que esse comportamento da estrutura federal se repete nas esferas estaduais e municipais. Por isso, as reformas ministeriais são ponto de começo para quem queira saber por que no Brasil se paga tanto imposto sem contrapartida equivalente e por que os presidentes sempre acham os seus mandatos curtos demais.

Denise Frossard – Deputada Federal pelo PPS-RJ, é juíza de Direito aposentada

Publicado em

O JUSTO JUÍZ TEM CORAÇÃO E SABE DOSAR AS PENAS

O povo brasileiro trava uma luta com a própria consciência para saber até que ponto os juízes têm sido justos. Olhar para Deus como o Justo Juiz pode nos ajudar a entender o que  temos visto e aliviar um pouco as dúvidas sobre o comportamento de quem julga: 

Caim matou Abel. Fez por ciúme. Deus repreendeu Caim. Amaldiçoou-o: “E agora maldito és…Quando lavrares a terra, não te dará mais a sua força; fugitivo e vagabundo serás na terra…” Caim reconheceu o erro, mas recorreu da decisão: “É maior a minha maldade que a que possa ser perdoada. Eis que hoje me lanças da face da terra, e de tua face me esconderei; e serei fugitivo e vagabundo na terra, e será que todo aquele que me achar, me matará.”  Deus acolheu o recurso: “O Senhor, porém, disse-lhe: Portanto qualquer que matar a Caim, sete vezes será castigado. E pôs o Senhor um sinal em Caim, para que o não ferisse qualquer que o achasse.” (Gênesis 4). 

Adiante, Deus ao confirmar a maldade no coração do homem, arrependeu-se de tê-lo criado e decidiu destruí-lo: “ E viu o Senhor que a maldade do homem se multiplicara sobre a terra e que toda a imaginação dos pensamentos de seu coração era só má continuamente. Então, arrependeu-se o Senhor de haver feito o homem sobre a terra e pesou-lhe em seu coração. E disse o Senhor: Destruirei o homem que criei sobre a face da terra, desde o homem até ao animal, até o réptil, e até a ave dos céus; porque me arrependo de os haver feito.” 

Mas, passado o rompante, antes de aplicar a sentença, Deus encontrou Noé e refez a decisão. (Gênesis 6) 

Um pouco mais no tempo, o povo de Sodoma se comportou mal e Deus resolveu destruir a cidade.  Abraão recorreu: 

“E chegou-se Abraão dizendo: Destruirás também o justo com o ímpio? Se porventura houver cinquenta justos na cidade, destruirás também e não pouparás o lugar por causa dos cinquenta justos que estão dentro dela? Longe de ti que faças tal coisa, que mates o justo com o ímpio; que o justo seja como o ímpio, longe de ti. Não faria justiça o Juiz de toda a terra?” 

Deus acolheu em parte o recurso e dosou a pena. Aplicou a dosimetria. Considerou as circunstâncias e as características dos réus. (Gênesis 18)

Existem na Bíblia outras tantas situações em que Deus sentenciou o homem, mas reconsiderou a pena, diante da apelação de um “advogado”, Assim foi no deserto, com Moisés, que advogou a favor dos idólatras induzidos à idolatria por seus líderes. E assim seguiu Deus até o momento em que, para anistiar todos os pecadores, entregou o próprio filho ao juiz, aos jurados e aos verdugos.  

Publicado em

POR QUE A LAVA JATO MORREU? SE MORREU. 

Para permanecer – para ter legitimidade – uma operação com as repercussões que teve a Lava Jato necessita de apoio popular. Quando Sérgio Moro aceitou ou buscou ser Ministro da Justiça e da Segurança Pública do Presidente Jair Bolsonaro, autorizou a desconfiança da população com relação ao julgamento e prisão do ex-presidente Lula. A legitimidade das decisões do Juiz começou a derreter. Mas um lado da sociedade, de uma sociedade dividida ao meio, ainda o apoiava, não pelas decisões dele na Lava Jato, mas pelo apoio dele ao Jair Bolsonaro. Quando ele rompe com Bolsonaro, o que restava de legitimidade dele e das decisões da Lava Jato derreteu de vez. 

Portanto, a questão deixou, há bastante tempo, o campo da consideração de legalidade. A legitimidade desconsiderou a legalidade das medidas, sejam elas quais forem. Portanto, Sérgio Moro enterrou a Lava Jato. Ah, mas Fernando Collor foi preso ao abrigo da Lava Jato e a Primeira-Dama do Peru aceita como foragida depois de condenada pela Lava Jato. Isso só reforça o que eu afirmo aqui. A Lava Jato, sem legitimidade, tornou-se, simplesmente, um instrumento de operação da política. 

Publicado em

DOIS HOMENS BRILHANTES NUM MUNDO DE IDIOTAS

Aproveitei o feriadão da Páscoa para ler “Invasão Vertical dos Bárbaros”, de Mário Ferreira dos Santos, filósofo, que nasceu no Brasil em 1907 e faleceu com 61 anos de idade. O livro, publicado no início dos anos 60, é uma assustadora radiografia da sociedade moderna. Mário Ferreira dos Santos mostra a decadência cultural em todos os campos das atividades humanas. 

Escreveu Mário Ferreira dos Santos: 

“Uma das mais atuais providências dos bárbaros consiste em lutar contra a inteligência, inclusive usando a própria inteligência, por julgá-la como o mais legítimo sinal do civilizado, do homem culto… Com essa frase, Mário Ferreira dos Santos abriu o livro “Invasão Vertical dos Bárbaros”, um manifesto, segundo Luiz Felipe Pondé, que apresenta a obra ao público…“ no limite, um manifesto sobre como hoje se dá a tragédia da condição humana esmagada pela bota da superficialidade…” 

“Na verdade, a invasão gradual e ampla dos bárbaros não só se processa horizontalmente pela penetração no território civilizado, mas também verticalmente, que é a que penetra pela cultura, solapando seus fundamentos e preparando o caminho à corrupção mais fácil do ciclo cultural, como aconteceu no fim do Império Romano, e como começa acontecer agora entre nós”. 

Surpreendente não é a mensagem, mas o tempo em que ela foi escrita. Eu, hoje com 71 anos de idade, estava com seis ou sete quando a obra foi colocada à venda. Antes de ler Mário Ferreira dos Santos, li “ A Civilização do Espetáculo, obra bem mais recente, de Mário Vargas Llosa, que faleceu há poucos dias com 89 anos. O livro dele, publicado em 2012, diz, exatamente, o que Mário Ferreira dos Santos escreveu 60 anos antes.  

Escreveu Mário Vargas Llosa: 

“Agora somos todos cultos de alguma maneira, embora nunca tenhamos lido um livro, nem visitado uma exposição de pintura, assistido a um concerto, adquirido algumas noções básicas dos conhecimentos humanísticos, científicos e tecnológicos do mundo em que vivemos,” 

Mário Ferreira dos Santos escreveu: “A voz da liberdade culta não encontra ouvidos para ouvi-la, nem mentes suficientes para entendê-la… A liberdade, que despontava como uma grata esperança, torna-se uma amarga desilusão… O criminoso, que revela habilidade, é exaltado como inteligente, e a astúcia é apresentada como virtude. A audácia desenfreada é índice de heroicidade…Sexualismo, semi delinquência, afrontas à moral, vida irregular são acentuadas com requintes publicitários”

Vale ler as duas obras, mas com o cuidado de não se deixar deprimir. Ocorre que se a depressão chegar, é possível que ela seja a prova incontestável de que você não está, ainda, entre os idiotas presentes no mundo real dos brilhantes Mários. Quem sabe? Há momentos em que eu acredito que a humanidade apodreceu e, por isso, a política exala mau-cheiro. 

Fiquei surpreso ao ler “Invasão Vertical dos Bárbaros”, porque acreditei já ter vivido tempos de menor mediocridade. Eu estava certo? Você que me lê pode me dizer se sim ou se não. 

Publicado em

A VOZ DO POVO E A VOZ DE DEUS

Se há um ditado que contraria tudo o que se observa no mundo, esse ditado é “ A voz do povo é a voz de Deus”. Antes fosse. 

Hoje, dia em que escrevo este artigo, é dedicado à memória da crucificação e morte de Jesus Cristo, resultado de um julgamento com base em leis elaboradas pelos tiranos de então, e repletas de hipocrisia. O juiz, um covarde de nome Pilatos, deixou com o povo a decisão sobre quem deveria ser anistiado e retirado da prisão e quem deveria ser crucificado. O povo escolheu crucificar Jesus Cristo. O crime? Nenhum, isso dito pelo próprio juiz. Acusação? Jesus afirmar-se filho de Deus. Contudo, quem não acreditou que seria, ouviu a confirmação do próprio Deus no momento da crucificação e a reafirmação com a vitória de Cristo sobre a morte, momento que será relembrado no domingo. 

Portanto, no julgamento e condenação de Cristo a voz do povo não foi a voz de Deus. Como também não o é, quando o povo escolhe os governantes, ao contrário do que muitos dos escolhidos afirmam com ares de convicção. Houve sim um tempo na vida do povo de Israel em que Deus escolheu e o povo chancelou. Assim foi com Saul e com Davi. É o que está dito nas Sagradas Escrituras. 

Entretanto, há pelo mundo quem também se considera escolhido por Deus para liderar um povo. Vamos à primeira  carta de Paulo aos Coríntios para saber o que nisso tudo importa:  

“Porque, dizendo um: Eu sou de Paulo; e outro: Eu de Apolo; porventura não sois carnais?

Pois, quem é Paulo, e quem é Apolo, senão ministros pelos quais crestes, e conforme o que o Senhor deu a cada um? Eu plantei, Apolo regou; mas Deus deu o crescimento.

Por isso, nem o que planta é alguma coisa, nem o que rega, mas Deus, que dá o crescimento…”

Portanto, pertinente  é saber que Deus é Deus e que Jesus Cristo é filho Dele. Diante disso, há quem se considere também filho de Deus e, portanto, irmão de Cristo. Sobre isso, Cristo afirma: “Ouvistes o que foi dito: Amarás ao teu próximo, e odiarás o teu inimigo. Eu, porém, vos digo: Amai a vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam, e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem, para que sejais filhos do vosso Pai que está nos céus…”  

Que Deus nos abençoe. Dele estamos a precisar demais neste tempo em que muitos se julgam deuses ou ungidos pelo único verdadeiro. 

Publicado em

PARA O INFERNO!

Eu entrego mais de 30% do produto do meu trabalho aos agentes do Estado Brasileiro. Se eu não fizer isso, terei enormes dores de cabeça e mesmo que eu preferisse as dores de cabeça, não teria liberdade para escolher. Os agentes do Estado tomam na fonte o que decidiram ser devido a eles. Arrancam na origem da minha atividade econômica. 

Para quê tanto dinheiro? Sei lá, pois dos agentes do Estado quase nada recebo seja em serviços seja em produtos. É, portanto, dinheiro que dou por perdido. Como estamos numa semana em que os olhos do mundo voltam-se para Cristo, vou à parábola dos talentos, que me parece ilustrar bem a relação dos agentes do Estado com o povo brasileiro. Mateus registrou-a melhor do que Lucas. 

“Porque isto é também como um homem que, partindo para fora da terra, chamou-os seus servos, e entregou-lhes os seus bens. E a um deu cinco talentos, e a outro dois, e a outro um, a cada um segundo a sua capacidade, e ausentou-se logo para longe.  E, tendo ele partido, o que recebera cinco talentos negociou com eles, e granjeou outros cinco talentos. Da mesma sorte, o que recebeu dois, granjeou também outros dois. Mas o que recebera um, foi e cavou na terra e escondeu o dinheiro do seu senhor.

E muito tempo depois veio o senhor daqueles servos, e fez conta com eles. Então aproximou-se o que recebera cinco talentos, e trouxe-lhe outros cinco, dizendo: Senhor, entregaste-me cinco talentos; eis aqui outros cinco talentos que granjeei com eles. E o seu senhor lhe disse: Bem está, meu servo bom e fiel. Sobre o pouco foste fiel, sobre muito te colocarei; entre no gozo do teu senhor. E, chegando também o que tinha recebido dois talentos, disse: Senhor, entregaste-me dois talentos; eis que com eles granjeei outros dois. Disse-lhe o seu senhor: Bem está, bom e fiel servo. Sobre o pouco foste fiel, sobre muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor. 

Mas, chegando também o que recebera um talento, disse: Senhor, eu conhecia-te, que és um homem duro, que ceifas onde não semeastes e ajuntas onde não espalhaste. Atemorizado, escondi na terra o teu talento, aqui tens o que é teu. Respondendo, porém, o seu senhor, disse-lhe: Mau e negligente servo, sabias que ceifo onde não semeei e junto  onde não espalhei? Devia então ter dado o meu dinheiro aos banqueiros e, quando eu viesse, receberia o meu com os juros. Tirai-lhe o talento, e dai-o ao que tem dez talentos…” 

Se o Senhor não perdoou quem lhe devolveu o que recebeu, imagina se perdoará quem não devolve se quer o que recebeu para cuidar…Os agentes do  Estado, de qualquer Estado, devolvem aos contribuintes menos do que o que receberam para cuidar. Qual deveria ser o castigo deles? 

O INFERNO ! 

Publicado em

RUY E O ÓDIO DELE POR BOLSONARO

Ruy Castro não quer que Jair Bolsonaro morra; quer vê-lo sofrer. Ruy quer vingança. Ruy quer tortura. Quem sabe, Ruy deseja que Jair Bolsonaro sinta um pouco as dores causadas pelo Brilhante Ustra, ídolo de toda a família Bolsonaro. É a conclusão fácil que se tem do artigo publicado por Ruy Castro na Folha de São Paulo, na edição de hoje, 25 de abril de 2005. 

Pode ser, contudo, que eu esteja exagerando ou errando na interpretação do artigo. Então, eu o reproduzo para que você, que me lê, se não conhece o texto do Ruy, julgue por você mesmo. 

Antes, apresento-lhe Ruy Castro. Não pelo fato de ele ser, de você, desconhecido. Isso é impossível. Eu o apresento pela oportunidade de opinar sobre a biografia dele. Ruy Castro é um bom jornalista. Não dos melhores. É biógrafo e nessa arte se sai melhor e para provar estão aí, à venda, o Anjo Pornográfico, sobre Nelson Rodrigues; a Estrela Solitária, sobre Garrincha e “O Ouvidor do Brasil”, que bastante gente toma como biografia e é, na verdade, uma coletânea de textos sobre Tom Jobim, nos momentos em que Tom “está longe do piano”, como define a obra o próprio Ruy. Há também o “Vermelho e o Negro”, que o bom publicitário Ruy Castro, criou para escrever sobre o Flamengo aproveitando-se da obra magnífica do grande Stendhal. 

Agora sim, eis o “Longa vida a Bolsonaro” de Ruy Castro: 

Publicado em

“QUEM DÁ MAIS? QUEM DÁ MAIS?”

Na eleição do ano passado, o povo brasileiro votou para escolher prefeitos e vereadores. Houve denúncias de compra de votos e como alguém comprou votos, houve quem os vendesse. A que preço?  Eu ouvi dizer que variou entre 50 e 200 reais e soube de eleitores que venderam o mesmo voto várias vezes. Certamente, nenhum candidato teve certeza de ter comprado e ter recebido (o voto é secreto), uma vez que tem gente nesse país capaz de dar a volta em malandros do melhor calibre. 

Agora, sobre o mesmo assunto, vejam que situação curiosa e trágica, para todos e cômica para quem tem bom-humor: os eleitores brasileiros pagaram aos partidos e, no fim da linha, aos candidatos, o valor total de 4,9 bilhões de reais, quantia transferida dos impostos para o Fundo Eleitoral aplicado em 2024. Pois bem. Façamos a conta. O Brasil tem 155 milhões de eleitores. Portanto, ao valor de 4,9 bilhões de reais, cada eleitor pagou R$31,61 pelo voto. Sendo assim, quem vendeu o voto recebeu o que pagou por ele. Quem o vendeu a um valor maior do que 31,61 obteve um bom lucro. Quem vendeu várias vezes, ganhou na loteria. Mas, peraí. Vender o voto não é crime? Sim. Pagar por ele também não é? Não será crime se o pagamento for via Fundo Eleitoral. 

Resta-nos uma certeza. A democracia é um fruto da cultura de um povo e não da política. 

Publicado em

NIXON – CALOTE. TRUMP -TARIFAÇO 

O discurso de Donald Trump no anúncio do tarifaço aproxima-se do discurso que Richard Nixon fez quando suspendeu a paridade entre o ouro e o dólar. Nixon e Trump adotaram posição de defesa dos interesses dos Estados Unidos acima dos interesses dos demais países. 

Disse Nixon: “Vamos defender o dólar contra os especuladores. Vamos suspender, temporariamente, a conversão do dólar em ouro. Estamos fazendo isso para preservar a estabilidade econômica e os melhores interesses dos Estados Unidos.” Em resumo: O que assinamos em Bretton Woods há 30 anos, não vale mais, pois eu decidi assim. O mundo entubou. 

Disse Trump sobre o tarifaço: “Vamos cuidar do nosso povo em primeiro lugar.”  Ou seja: o que combinamos até aqui, não vale mais, pois eu decidi assim. 

Os Estados Unidos têm tamanho, economia e importância para impor ao mundo o que bem entendem. Mas, o ponto limite está na dependência que os Estados Unidos têm de muita coisa que o resto do mundo produz e vende para os Estados Unidos. Será que Donald Trump não sabe disso? Sabe. Ele deu um soco na mesa, mas não saiu da sala. Ele é bom negociador e encontrará o ponto de equilíbrio. E enquanto isso, ele deixa claro para os seus eleitores, que eles são as pessoas mais importantes do mundo. 

Aguardemos. 

Publicado em

DISCURSO DE BOLSONARO NA PAULISTA EM 06 DE ABRIL DE 2025

Domingo, 6 de abril de 2025. Avenida Paulista. São Paulo. Com a palavra, o ex-presidente Jair Bolsonaro: 

“Minha paulista; meu Brasil, boa tarde! Meus cumprimentos a todos vocês, que dedicaram este domingo pra aqui comparecer para lutar por aquilo que eu acho que é mais importante que a própria vida. É a nossa liberdade. O homem ou a mulher sem liberdade não vive. 

Na semana passada, neste mesmo local, um evento patrocinado pela esquerda, PT/PSOL (vaias). O que eles vieram pedir aqui? Vieram falar contra a anistia e pela prisão de Bolsonaro. Quanto à anistia…Eles já perderam essa guerra. A grande maioria do povo brasileiro entende as injustiças e agora se socorre da nossa Câmara Federal, do Senado Federal, para fazer Justiça. E a anistia é competência privativa do Congresso Nacional. Caso eles votem um projeto e seja sancionado ou promulgado no caso de um veto…vale a anistia. 

Nós estamos aqui, em grande parte, impulsionados pelo episódio da Débora. Eu peço aqui a mãe da Débora, aqui presente, a missionária Fátima e sua irmã Cláudia, a comparecerem aqui. Se a missionária chora pela ausência da filha de 39 anos, imagine o quão chora a Débora por seus dois filhos de 10 e sete anos de idade. Você mãe, imagine, por 2 anos, dormir e acordar sem o calor de seus filhos ao seu lado. Débora foi para domiciliar, mas já tem dois votos no Supremo, Alexandre de Moraes e Flávio Dino para condená-la a 14 anos de prisão. 

Eu não tenho adjetivo para qualificar quem condena uma mãe de dois filhos a uma pena tão absurda por um crime que ela não cometeu. Só um psicopata pra falar que aquilo que aconteceu no dia 8 de janeiro foi uma tentativa armada de golpe militar. E condena essas pessoas, como diz no jargão da Justiça, de passeada, de bolo. E olhem só o que está acontecendo no Supremo no dia de hoje, apesar de domingo. Eles já formaram maioria para condenar a uma pena absurda um pipoqueiro e um sorveteiro, por golpe de Estado armado. É inacreditável o que acontece. Eu não falo inglês, uma grande falha da minha formação. Mas quero dar um recado aqui pro mundo e depois eu faço a tradução para vocês (leu em inglès) …ou seja, cometer sorveteiro e pipoqueiro dando golpe de Estado no Brasil. É uma vergonha. Condenar mais esses dois por um crime que não existiu. 

Me acusam de golpe de Estado. Segundo a Polícia Federal do Alexandre de Moraes, do Fábio Shor, que começou em julho de 21, numa live…”Você começou a dar um golpe de Estado numa live”.  Agora vamos ver. Vamos falar. Quem deu o golpe em outubro de 22? Quem tirou o Lula da cadeia? Foi um CEP errado. Um cara condenado em três instâncias, por corrupção, lavagem de dinheiro, é tirado da cadeia. Quem descondenou o Lula, para ele fugir da Lei da Ficha Limpa e se tornar candidato? Os mesmos. 

E o golpe? O que mais eles fizeram para colocar o Lula lá? Vou falar algumas coisas aqui. Eu não pude mostrar durante a propaganda eleitoral de 22, o Lula falando que era legal roubar celular, porque os vagabundos queriam apenas tomar uma cervejinha. Eu não pude botar imagem do Lula defendendo o aborto. Não pude mostrar imagens do Sete de Setembro. As imagens dele ao lado de ditadores como Ortega, Maduro, Ahmadinejad e outros. Não pude mostrá-lo no Morro do Alemão sendo recebido por traficantes. 

Quando eu me reuni com embaixadores me tornaram inelegível. Não pude mostrar imagens discursando na Câmara, o enterro da Rainha…Eles derrubaram páginas, criaram resoluções fora do tempo legal, para perseguir a Direita. Fizeram a campanha para menores tirarem título de eleitor. E essa faixa etária 75% vota na esquerda. Foram mais de 4 milhões de títulos. E mais…Poderia ser a “pá de cal”. Por ocasião da diplomação do Lula, o então ministro Benedito, baixa e cochicha para Alexandre de Moraes, com os microfones abertos: “missão dada é missão cumprida.” 

Quem deu o golpe em 22? Quem pesou a mão por ocasião das eleições? Sem falar em outras possibilidades. O golpe foi dado. Tanto é que o candidato deles está lá. Alguns deles falaram que interferiram sim, mas foi para o bem da democracia. Ora, se o Alexandre de Moraes  salvou a democracia no Brasil; se ele evitou que uma ditadura fosse instalada aqui… por que ele viaja de avião particular, melhor dizendo, de avião da FAB para assistir Palmeiras e Corinthians em São Paulo? Ele tinha que viajar como eu faço de avião de carreira para ser aplaudido. 

Nós sabíamos o que daria esse governo. Tanto é que no dia 2 de novembro, numa coletiva minha em Brasília, ficou marcada pelo seu início, quando eu disse: vão sentir saudades da gente. O Brasil estava voando. Somando a informalidade no pleno emprego, terminamos 22 com 54 bilhões em caixa. Criamos o PIX. O Tarcísio fez barbaridades com os seus parcos recursos. Tínhamos negócios com o mundo todo, o nosso agro estava no teto. A nossa equipe econômica era fantástica. Botamos o Brasil no lugar de destaque, que ele sempre mereceu. 

Mas, a interferência, a mão pesada fez mudar o resultado final das eleições. Nós sabíamos o que estávamos fazendo. Lamentavelmente, a pressão foi enorme, inclusive de fora do Brasil. Mas, nós temos esperança. O movimento aqui hoje é pela anistia; pela liberdade das pessoas de bem, mães, pais, irmãos, avós. Pessoas que nunca pegaram em armas na sua vida. Tanto é que entre os condenados e estão respondendo processos, não achei ninguém com qualquer passagem pela polícia. E digo a vocês: o golpe deles só não foi perfeito, porque no dia 30 de dezembro de 22, eu saí do Brasil. Algo me avisou (aponta para o céu) que alguma coisa ia acontecer. Se eu tivesse no Brasil, seria preso na noite de 8 de janeiro e estaria apodrecendo na cadeia até hoje ou quem sabe assassinado por esses mesmos que colocaram aquele vagabundo na presidência. 

Eu sempre peço a Deus força para resistir, sabedoria para decidir. Nós temos como sair dessa. No ano que vem o TSE terá o perfil completamente de isenção e poderemos voltar a confiar nas eleições no ano que vem. 

O atual sistema busca, cada vez mais, tirar da cédula eleitoral do ano que vem, as lideranças de Direita. O Caiado está aqui inelegível, vai recuperar a elegibilidade se Deus quiser. Eu estou inelegível, porque me reuni com embaixadores. Eu não me reuni com traficantes no Morro do Alemão, como Lula fez. Dizem que eu sou golpista, por que o Flávio Dino, então, Ministro da Justiça, sumiu com as fitas do que acontecia na Esplanada? Se o golpe é meu…mostre as fitas. Eu tenho esperança no meu Brasil, porque acredito no povo e em Deus. Nós temos como sair dessa situação. Não se preocupem comigo. Covardia pode acontecer amanhã cedo, afinal de contas tem certas pessoas que só sobrevivem fazendo covardia com as outras pessoas. 

Tenho esperança também que de fora venha alguma coisa para cá. Hoje faltou um filho meu aqui. O zero três. Fala inglês, fala espanhol, fala árabe…tem contatos com pessoas importantes do mundo todo. Está lá nos Estados Unidos. Daqui a duas semanas ou dez dias, a Justiça Americana começa a investigar o caso Felipe G. Martins. Aquele que foi acusado…aquele que foi acusado pelo Fábio Shor e pelo seu chefe, de ter fugido do Brasil no dia 30 de dezembro no avião presidencial, no qual eu fui para Orlando. 

Ora, prenderam o cara por seis meses e convocaram várias vezes para depor na Polícia Federal, até para depor sobre a importunação de Baleia. Por que não me convocaram para perguntar se o Felipe Martins estava ou não no meu vôo? Chantagearam um Tenente-Coronel do Exército, ameaçando de prender, pai, esposa e filha. Fizeram uma delação com ele, modificada várias vezes. Por que não perguntaram pra ele se Felipe Martins estava no voo presidencial, já que esse Coronel estava comigo no mesmo voo? 

Queriam, obviamente, ou achavam que prendendo o garoto Felipe, em poucas semanas ele faria uma delação sob medida dessa parte da PF de Alexandre de Moraes. Não conseguiram. O que eles querem é me prender. Como disse, a semana passada…tava aqui a esquerda. Querem me prender por quê? Acharam dinheiro na minha cueca? Acharam dinheiro em algum apartamento meu por aí? Roubei a Petrobrás? Assaltei o Fundo de Pensão dos Correios? Eu não sou igual a eles. A grande revolta deles, que levantam tudo sobre a minha vida e não acha um só desvio de conduta. Essa semana arquivaram mais um processo. Que eu teria comprado 100 imóveis no Vale do Ribeira de 90 até agora. Narrativas! Mentiras! Covardia! A mesma coisa, o cartão de vacina. Arquivado! A mesma coisa, os presentes ! O TCU disse que o presente, independentemente dos seus valores, pertence ao respectivo ex-presidente da república. 

Na verdade, eles não querem a mim, Jair Bolsonaro, eles querem é vocês. Eu estou no caminho deles. Se acham que eu vou desistir,que eu vou fugir, estão enganados. Eu fiz um juramento, e eu cumpro. Defender a minha pátria com o sacrifício da própria vida. O que os canalhas querem não é prender de verdade. Eles querem me matar, porque eu sou um espinho na garganta deles. Eu mostrei a vocês que o Brasil tem jeito. Um caipira do Vale do Ribeira, chegou na presidência. Só Deus para explicar como. Montamos um ministério de qualidade. Tanto é verdade, que temos aqui, um dos meus ministros que é governador de São Paulo. Um cara competente, decente, honesto. Assim foi com quase todo o meu ministério. Como Rogério Marinho, entre outros que estão aqui. 

Mostrando para vocês as entranhas do Poder. Mostramos o que eram os tribunais, o que era o Poder Executivo; como funciona o Legislativo. Pegamos estatais com prejuízos bilionários. Entregamos com lucros bilionários, Os bancos oficiais eram uma festa. Cada facção dominava uma diretoria. 

Fizemos aquilo. Não pude dizer que por virtude, mas por obrigação de tratar a coisa pública, da forma como ela tem que ser tratada. Não me arrependo do que aconteceu comigo, que tomei alguma decisão equivocada, não foi por má fé. Foi por vontade de acertar. Foi por querer fazer do seu país, realmente, uma grande nação. Hoje temos um presidente que defende terrorista do Hamas, defende ditadores, como Maduro e Ortega, um presidente que não respeita as mulheres. Só fala aquilo que não faz bem à nossa nação. 

Tenho esperança – apesar de saber quem vai me julgar – que nós podemos mudar esse quadro; mudando esse quadro…eu sempre tenho dito por aí…me deem 50% da Câmara e 50% do Senado, que eu mudo o destino do Brasil. Os outros 50% ficam para os partidos dos governadores que estavam aqui. Nós temos como, dentro das quatro linhas, um Senado forte. Não para perseguir, mas para mostrar, para qualquer um que queira extrapolar, que assim fizer, vai responder no Tribunal do Senado Federal. Bukele fez o mesmo em El Salvador. Podemos fazer o mesmo aqui. 

Graças a Deus, Donald Trump se elegeu nos Estados Unidos. Eu só tenho gratidão a ele pelos dois anos que ficamos juntos nas nossas respectivas presidências.  O Brasil voltará a ser um país respeitado. O Brasil, com o seu potencial, fará de todos nós um povo melhor. Mais rico e mais feliz. Eu acredito no meu Brasil. Nós acreditamos no Brasil. Não vamos desistir. Jogar a toalha. Pendurar a chuteira. Não existe em nosso meio.  

A luta, repito, é pela liberdade dessas pobres pessoas, que estão condenadas a penas de até 17 anos de cadeia. Aqui tem um tal de policial militar que já prendeu muito vagabundo. Duvido, ou raro, que prenderam que puxaram uma cana de 17 anos. Isso é uma maldade. Uma desumanidade. 

É algo que temos que entender, que se tivesse qualquer um de vocês em Brasília naquele dia 8 de janeiro, poderia agora estar preso e cumprindo uma dura pena. A Débora é o símbolo de todos nós. Mais Déboras nós temos em nossas famílias, Imagina o suplício da Débora. 

Os…acaba em três meses. Já está dois a zero para ela ser condenada a 14 anos de cadeia, assim como confirmadas as prisões hoje do pipoqueiro e do sorveteiro . Peço a Deus para estar errado. Só dois ministros votaram pela absolvição dessas pessoas. Os outros nove é por condenação.  Nove ministros votaram para condenar pessoas humildes a uma pena tão grave por um crime impossível. 

Quando fala de sítio  e defesa que eu queria dar o golpe em cima disso, o primeiro movimento para sítio e defesa é convocar Conselhos. Nenhum Conselho foi convocado. Então, nem ato preparatório houve. Vamos esperar o final disso. 

Mas, vamos continuar andando pelo nosso Brasil mostrando que o Brasil tem jeito. Mostrando as injustiças, mostrando aquilo que a linguagem lá de fora é conhecido como law fair, ou seja, o ativismo judicial para cassar a Direita como cassaram Le Pen na França. Como quiseram cassar o Trump nos Estados Unidos. Como cassaram o presidente da Romênia. Como Maduro fez na Venezuela, cassando seus opositores ou botando na cadeia como Maduro e em El Salvador todos os seus sete oponentes. 

Eleições 26 sem Jair Bolsonaro é negar a democracia. É escancarar a ditadura do Brasil. Se o voto é a alma da democracia, a contagem pública do mesmo se faz necessária. 

Meus irmãos de todo o Brasil. 

Aqui, apesar do momento difícil, a gente consegue recarregar as baterias, se preparar para novas batalhas, mas com a certeza que a vitória virá. A todos vocês, meu muito obrigado por esse momento. Um abraço nos homens, um beijo nas mulheres. Que esse Brasil fantástico é de todos nós. Brasil acima de tudo, Deus acima de todos!